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Nos dias que correm, o uso prolongado de máscaras e luvas podem ser uma segunda natureza para todos nós, mas é possível que estejam a ter um efeito indesejado no nosso rosto e nas nossas mãos. A Vogue conversou com a dermatologista Judite Pereira sobre os cuidados a ter com a pele sensível nesta fase de desconfinamento.
Utilizar máscara sempre que anda de metro ou vai ao supermercado. Usar uma viseira no decorrer das oito horas de trabalho. Não dispensar o uso de luvas quando chega a hora de desinfetar produtos que vêm “de fora”. Não levar as mãos ao rosto e lavá-las (bem lavadas) várias vezes ao dia. Ter o gel hidroalcoólico bem perto, e utilizá-lo sempre que necessário. As normas que em tempos só existiam numa realidade distante e alternativa são as mesmas que, hoje, fazem parte do dia a dia de todos nós, sem exceções ou fugas à regra – e se é verdade que estar de máscara horas a fio e higienizar as mãos sempre que necessário podem ser as boias que nos salvam do temível vírus, também é verdade que as medidas que todos devemos seguir nesta fase de desconfinamento podem deixar a nossa pele mais irritada, seca e com comichão.
“A lavagem mais frequente que o habitual das mãos com produtos desinfetantes, gel hidroalcoólico, e a utilização das máscaras, óculos e luvas desencadeiam uma alteração da fisiologia da pele, produzindo a nível cutâneo o que denominamos de dermatite de contacto – irritativo ou alérgico”, explica a dermatologista Judite Pereira sobre os efeitos que esta nova normalidade pode ter na nossa pele, em particular na pele do rosto e das mãos. “Esta dermatite de contacto ou eczema”, diz a especialista, “caracteriza-se pelo aparecimento de secura, vermelhidão, descamação, infeções secundárias e maceração”, bem como pelo “agravamento de algumas doenças pré-existentes, como a dermatite atópica, acne, rosácea, psoríase e dermatite seborreica.”
Para a dermatologista, torna-se por isso essencial “adotar algumas medidas de proteção a fim de manter a função barreira cutânea”, olhar para a prevenção como a palavra de ordem “tanto no tratamento do eczema já estabelecido como na manutenção da boa resposta terapêutica” e seguir uma série de recomendações nesse sentido. No que à higienização das mãos diz respeito, Judite Pereira aconselha uma lavagem suave, evitando uma fricção acentuada e o uso de sabões perfumados, e retirando sempre os anéis de modo a eliminar os vestígios de sabão e/ou gel acumulados debaixo dos mesmos, responsáveis pelo agravamento da dermatite. Já nas tarefas domésticas e profissionais, a dermatologista recomenda, sempre que possível, utilizar luvas de algodão por baixo das luvas de borracha, “de preferência por períodos não prolongados, a fim de evitar a maceração das mãos” e optar por “luvas isentas de latex, como as de plástico ou vinil e sem pó” ao invés de luvas de borracha e látex, que frequentemente originam eczema de causa alérgica.
Os conselhos da especialista não ficam por aqui, e estendem-se ainda aos produtos e ingredientes que devemos ou não aplicar na pele sensível. Como explica a dermatologista, é importante evitar a utilização de produtos com fragrâncias e alguns conservantes, bem como a “aplicação de cremes com retinol, alfa-hidroxiácidos e esfoliantes na pele sensível da face”. Em alternativa, e no que à prevenção do fotoenvelhecimento em peles sensíveis diz respeito, Judite Pereira aconselha a utilização de cremes com gluconolactona, retinaldeído (precursor de ácido retinóico) e nicotinamida (vitamina B3). Para além disso, aponta a dermatologista, “é fundamental reforçar a hidratação diária da pele a fim de restaurar e manter o equilíbrio fisiológico da barreira cutânea, recorrendo à aplicação de cremes hipoalergénicos (sem perfumes nem conservantes), com uma ação emoliente, hidratante, regeneradora, anti-irritante e anti-inflamatória”.
Para garantir um melhor cuidado da pele do rosto e das mãos, e em particular daquelas que se encontram mais sensibilizadas, seja pela utilização prolongada de máscara ou pela lavagem mais frequente das mãos, a Vogue reuniu uma série de produtos específicos para ter por perto nesta fase de desconfinamento.
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