Longa vida
A cor verde
Compras 7. 6. 2018
Quando Rihanna anunciou o lançamento da sua linha de maquilhagem Fenty Beauty, com uma extensa gama de 40 tons de base, a revolução na indústria da Beleza estava iminente. Com o mesmo mote em mente, embarcámos numa viagem em busca das marcas e dos produtos de maquilhagem mais inclusivos para tons de pele mais escuros.
©Imaxtree
Pode não ter sido a pioneira do movimento, mas foi a responsável por dar o empurrão necessário à indústria da Beleza. Se dúvidas restassem, os lugares vazios nas prateleiras e os alertas de out of stock nos tons mais escuros da base Pro Filt'r falavam por si. As reações nas redes sociais não eram diferentes. "Encontrar os produtos #fentybeauty em stock é quase impossível. A diretora de loja disse-me que os produtos esgotam no mesmo dia em que são repostos. As pessoas de cor estão a comprá-los porque, pela primeira vez, sentem que são representadas por uma marca de maquilhagem. Tiro o meu chapéu à #rihanna", podia ler-se num post de Instagram.
"Temos uma ligação verdadeiramente especial com as consumidoras que nunca tinham conseguido encontrar o tom de base ideal antes - existem mulheres que inclusive choram ao balcão das lojas - é uma loucura pensar nisso. A primeira mulher que vi a maquilhar-se foi uma mulher negra - a minha mãe - e quando penso nas minhas consumidoras, quero que todas elas sintam que conseguem encontram o tom certo, e que todas elas são representadas nesta nova geração.", disse Rihanna sobre a linha de maquilhagem que a colocou, pela diversidade e inclusividade dos seus produtos, na lista das 25 Melhores Inovações do Ano, publicada pela revista Time.
A revolução estava em andamento, e não demorou a dar os seus primeiros sinais. Em menos de um ano, aquilo que se define como o efeito Fenty acordou a indústria da Beleza para uma das suas maiores falhas. "Durante muitos anos, a indústria tratou as necessidades específicas das mulheres de cor como um caso para ser lidado à posteriori, ou quando fosse conveniente para as vendas. Mas mulheres como Rihanna, Issa Rae, Kerry Wasington e Lupita Nyong'o guiaram-nos para um novo sentido de atenção e possibilidades. Vivemos numa altura que deve inspirar a indústria a promover a inclusividade e diversidade, em todas as suas facetas.", defendeu Patrice Grell Yursik, fundadora do blog de Beleza ativista Afrobella, em entrevista à W. "Depois do lançamento de Fenty Beauty, já não existem desculpas válidas.", concluiu.
De gigantes da maquilhagem como Estée Lauder, L'Oréal Paris, Hourglass Cosmetics ou Cover FX, passando pelos 25 tons da base Shameless Foundation de Marc Jacobs Beauty ou pelos 40 tons da antecipada Face & Body Foundation da linha Dior Backstage, não havia como negar que a missão inclusiva e diversa de Fenty Beauty estava a espalhar-se à velocidade da luz pela indústria da Beleza, sem qualquer intenção de abrandar. "Ter uma linha completa de tons de base, dos mais mais pálidos aos mais escuros, é fantástico", disse o visionário e lendário maquilhador James Kaliardos, em entrevista à revista Allure. "É uma ideia sonante para aquelas raparigas que nunca sentiram fazer parte da agenda da indústria, mas que são um grupo fundamental para a Beleza.", concluiu.
O desafio de encontrar o tom de base ideal, que gradualmente se torna mais simples, estendia-se também a outros produtos de maquilhagem. "Um blush que seja suficientemente pigmentado para tons de pele mais escuros pode ser verdadeiramente difícil de encontrar.", confessou Ayesha Muttucumaru, autora da coluna Not Fair, dedicada a opções de Beleza específicas para tons de pele mais escuros. Aquilo que devia ser simples, mas afigura-se uma tarefa por vezes complexa, estendia-se também à procura da sombra de olhos ideal. "Por vezes, encontrar maquilhagem de olhos que se note no meu tom de pele mais escuro é uma tarefa frustrante.", escrevia a mesma autora. Como contornar a situação?
No que toca à escolha de blush, em entrevista ao site Get The Gloss, a maquilhadora Laura Mercier aconselha "cores ricas e saturadas, como os tons malva ou os tons mais alaranjados", que quando aplicados nos tons de pele mais escuros "tornam-se mais subtis e oferecem um efeito de vitalidade e energia à tez". Para os lábios, em entrevista à Teen Vogue, o maquilhador Sir John defende que "as mulheres de cor podem e devem usar uma extensa gama de cores, como rosa, roxo ou azul", tendo sempre em conta os subtons da pele, tal como na escolha da base. "Se o subtom de pele for mais frio, pode optar por batons com subtons azuis ou roxos, e se os subtons forem mais quentes, os tons corais e os tons pêssego são uma ótima opção.", disse. O mesmo se aplica à escolha de sombras de olhos, onde a liberdade e diversidade é cada vez maior. No território dos iluminadores, o maquilhador sugere pigmentos mais dourados, que complementem a riqueza dos tons de pele mais escuros.
Para simplificar a escolha, selecionámos as marcas e os produtos de maquilhagem para tons de pele escuros, que provam que a diversidade e inclusividade da indústria, das tonalidades às fórmulas, é uma realidade cada vez mais brilhante.
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