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Léa Seydoux, um ícone multifacetado que pertence ao mundo

18 Jun 2020
By Rui Matos

“Bardot com Binoche com Kate Moss e, às vezes, as três ao mesmo tempo.” É assim que Thierry Frémaux, o diretor do Festival de Cinema de Cannes, descreve Léa Seydoux. Sublinhamos, destacamos a negrito, usamos o itálico para reforçar a ideia e ainda assinamos por baixo. Não há como não adorar Léa.

“Bardot com Binoche com Kate Moss e, às vezes, as três ao mesmo tempo.” É assim que Thierry Frémaux, o diretor do Festival de Cinema de Cannes, descreve Léa Seydoux. Sublinhamos, destacamos a negrito, usamos o itálico para reforçar a ideia e ainda assinamos por baixo. Não há como não adorar Léa.

Colar ‘Happy Hearts’ e relógio ‘Happy Sport’, ambos Chopard. © Fotografia de Benoît Peverelli
Colar ‘Happy Hearts’ e relógio ‘Happy Sport’, ambos Chopard. © Fotografia de Benoît Peverelli

É a atitude effortless de Léa, ou melhor, o je ne sais quoi francês, que faz de Léa um ícone da nova geração do cinema europeu. O début no grande ecrã deu-se em 2006 com Mes Copins, mas, dois anos depois, veio o breakthrough com La Belle Personne de Christophe Honoré, um papel sumptuoso que lhe valeu uma nomeação ao César Award (o equivalente francês ao Óscar) e ainda o galardão de Best Upcoming Actress da Chopard Award, em 2009 - troféu que, todos os anos, distingue os jovens atores e atrizes em ascensão durante a mostra cinematográfica de Cannes. E, de facto, ascensão é um bom vocábulo para caracterizar Seydoux que rapidamente foi catapultada para a indústria cinematográfica internacional, chegando mesmo aos blockbusters de Hollywood (Inglourious Bastards, Robin Hood, Misson: Impossible - Ghost Protocol). 

Mas se, em 2012, pensamos que já tínhamos visto todo o potencial de Léa, eis que em 2013 surge La Vie d’Adèle, de Abdellatif Kechiche, que percorreu mundo e levou para casa o prémio mais desejado de Cannes, a Palma de Ouro. A crítica especializada não lhe poupou elogios. Emma foi, sem dúvida, a performance mais ousada de Seydoux, mas apesar dos aplausos esta história é vista por muitos como uma fantasia masculina. “Sem dúvida que sim, acho que foi”, contou a atriz francesa ao The Guardian. “É muito provável que se um homem faz um filme sobre duas mulheres acaba por ser uma fantasia. Mas o filme tem a sua verdade, o seu próprio poder.” Não por isso de estranhar que a rodagem não tenha sido um mar de rosas. Léa revelou que a experiência foi “horrível” pelo abuso emocional que as duas protagonistas sofreram durante o processo de gravações - com cenas que foram gravadas cem vezes, uma carga emocional muito grande e um grande jogo psicológico.

Depois de La Vie d’Adèle, Léa deixou de pertencer somente ao cinema francês ou europeu e conseguiu, definitivamente, um lugar na mesa dos grandes nomes da indústria. Como é o caso de Daniel Craig, que interpreta o agente secreto mais desejado da sétima arte, o über-famoso James Bond. Ao lado de Craig, a atriz francesa interpretou, em 2015, Dr. Madeleine Swann, que regressa ainda este ano para o suposto último filme de Craig como o agente 007. Sobre ser uma Bond Girl e, em específico, Swann a atriz confessou à Revista C: “Ela  não é uma personagem escrita para satisfazer os homens. Ela não é objetificada. Ela não se define pela sua sexualidade. Ela é inteligente. Ela é independente. E acho que tem um grande profundidade.” O próximo capítulo de James Bond estreia-se em novembro deste ano (se esta pandemia assim o permitir) e para Léa este é um filme muito emotivo. “Há muita emoção neste Bond. É muito emocionante. Aposto que vais chorar. Eu chorei, o que é estranho, porque eu entro no filme.”

Além do cinema, mas longe das redes sociais (“Tive Instagram durante um tempo, mas achei aquilo horrível. Não quero que as pessoas saibam o que estou a fazer. Não quero mostrar o backstage da minha vida. Prefiro a intimidade.”), Léa tem uma ligação forte à sustentabilidade, um valor que partilha com a Chopard - a marca apresentou em 2013 a primeira coleção sustentável, a Green Carpet Collection, durante o Festival de Cannes, e que desde julho 2018 só usa ouro 100% ético em todas as criações de relojoaria e joalharia. Daí partilhar dos mesmos valores éticos, e morais, da atriz - que, para a edição deste ano dos Prémios da Academia, Léa optou por usar um vestido sustentável, porque acredita que com aquilo que está a vestir pode passar uma mensagem. “Nós, os atores, temos que mostrar o exemplo, porque temos acesso a uma audiência maior”, confessou a atriz num vídeo. “A Moda pode estar também envolvida na mudança do mundo.”

Seja num argumento mais experimental, num blockbuster de Hollywood, a interpretar uma Bond Girl, com as joias sustentáveis da Chopard, com os vestidos vintage que encontra nas lojas de segunda mão de Paris ou Los Angeles, o ícone em que Léa se tornou será sempre pequeno para ficar delimitado num continente e é por isso que hoje Léa Seydoux é um verdadeiro ícone multifacetado da nova geração de atores da sétima arte.

Rui Matos By Rui Matos

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