Entre páginas: 6 bibliotecas para visitar ao redor do mundo

Verdadeiros oásis de fantasia e conhecimento, as bibliotecas surgem como uma porta de entrada em diversos (e novos) mundos, onde é possível encontrar um refúgio que nos preenche a alma e convida à procura por respostas e referências. Ao redor do globo, são várias as salas dedicadas à leitura e ao conhecimento, mas poucas são as que unem história, arte, literatura e, por vezes, um pouco de magia num só espaço — e as que se seguem são emblemáticas dessa harmonia.

Biblioteca Palafoxiana em Puebla, México

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Em pleno centro histórico da cidade de Puebla, no México, a Biblioteca Palafoxiana foi fundada em 1646, quando uma coleção pessoal de mais de cinco mil volumes foi doada ao Colégio de San Juan y San Pedro pelo bispo Juan de Palafox y Mendoza. Hoje, é reconhecida pela Unesco como a primeira e mais antiga biblioteca pública do continente americano, e conta com mais de 45 mil volumes, incluindo coleções de manuscritos e incunábulos.

Stift Admont em Admont, Áustria

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Fundada em 1074, a Stift Admont é a maior biblioteca monástica do mundo. Encomendado pelo abade Matthäus Offner e concebido pelo arquiteto barroco austríaco Josef Hueber, o espaço reflete o espírito do Renascimento e é considerado uma verdadeira obra de arte do período barroco europeu. Com mais de 70 mil volumes visíveis, a biblioteca une arquitetura, frescos, esculturas e manuscritos centenários num repositório vivo de conhecimento e sabedoria.

George Peabody Library em Baltimore, Estados Unidos

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Diretamente conectada à Universidade Johns Hopkins, a Biblioteca George Peabody foi projetada pelo arquiteto local Edmund G. Lind, em colaboração com o primeiro reitor do Instituto Peabody, Dr. Nathaniel H. Morison, e abriu as suas portas em 1878. Num espaço que destaca cinco níveis de varandas ornamentais em ferro fundido ao longo de 18 metros de altura, o espaço conta com uma coleção de 300 mil títulos, com foco na investigação relativa ao século XIX.

Reading Room do British Museum, em Londres, Reino Unido

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No coração do British Museum, a Reading Room é um espaço circular reconhecido pela sua arquitetura e história. Projetado pelo arquiteto britânico Sydney Smirke e aberto desde 1857, o espaço inspirou-se na cúpula do Panteão, em Roma, e conta com um diâmetro de 42,6 metros. Ao longo das décadas, contou com a presença assídua de personalidades emblemáticas, como Karl Marx, Virginia Woolf e Oscar Wilde, e atualmente, alberga o arquivo do museu — que se encontra disponível para consulta após a reabertura oficial do espaço, em 2024.

Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, Portugal

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Considerada uma das maiores bibliotecas europeias do século XVIII, a Casa da Livraria do Palácio de Mafra reúne, numa única sala, cerca de 30 mil volumes. As estantes, desenhadas pelo arquiteto local Manuel Caetano de Sousa, permanecem inacabadas; ainda assim, entre obras que refletem o lado mais racional e científico da cultura Iluminista, a biblioteca dispõe de diversas raridades bibliográficas e explora temas predominantemente religiosos.

Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, Brasil

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Numa ode à cultura lusófona, o Real Gabinete Português de Leitura foi fundado em 1837 e mantém o objetivo de promover a leitura em língua portuguesa. No centro do Rio de Janeiro, o espaço possui a maior e mais valiosa coleção de obras de autores portugueses fora de Portugal, contando com cerca de 350 mil títulos. Além disso, a biblioteca destaca ainda um leque de obras raras, como a edição prínceps d’Os Lusíadas, de 1572, e manuscritos autografados de Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco.

Originalmente publicado no The Wisdom Issue, a edição de setembro de 2025 da Vogue Portugal, disponível aqui.