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Com toda a mestria e savoir-faire que a Maison francesa já acostumou os seus seguidores, a Chanel voou até Nova Iorque e, no Museu Metropolitano da cidade, apresentou mais uma coleção Métiers d’Art.
A primeira vez que Coco Chanel viajou até Nova Iorque foi a 26 de fevereiro de 1931. Embarcou num cruzeiro de seis semanas e com ela levou uma amiga, Misia Sert, duas assistentes, três empregados, duas modelos e cerca de 35 malas. Foi assim que o Chicago Daily Tribune reportou a chegada da criadora à ilha de Manhattan em abril desse mesmo ano. Oitenta e sete anos depois e a Maison francesa continua a viajar com a mesma pompa e circunstância - deixando para trás as intermináveis semanas de viagem. E se dúvidas houvesse, a apresentação anual da linha Métiers d’Art confirma-o e mostra aquilo de que a Chanel é capaz: surpreender a cada novo desfile.
Nos últimos 16 anos, em dezembro, Karl Lagerfeld viajou para Tóquio, Monte Carlo, Londres, Moscovo, Xangai, Dallas, Edimburgo e Hamburgo para apresentar as novas propostas da linha mais artesanal da Casa, a Métiers d’Art. Aqui, os 26 ateliers Chanel são convocados para criar todos os coordenados que são apresentados na passerelle - o que inclui também o universo dos acessórios. Estes looks combinam a emoção com a criatividade, o artesanato, a modernidade e a excelência técnica. Uma coleção muito próxima à Alta-Costura, mas sem a exclusividade de confeção que a linha premium da Casa exige.
A location de cada uma destas apresentações serve também de inspiração para as silhuetas e, em 2018, a cidade de Nova Iorque, a primeira visita de Coco Chanel à Big Apple e o Antigo Egipto foram os três moods para a conceção criativa desta coleção. “A civilização egípcia sempre me fascinou. Sou inspirado por ideias, que mais tarde as transformo em realidade,” avança Lagerfeld, em comunicado.
Linhas claras e simples, silhuetas puras, geométricas e nítidas: uma imagem bem presente no ADN da etiqueta. Os coordenados vibram por si e ao mesmo tempo desenham linhas, quase cinematográficas, que vão revelando coordenados fortes, sumptuosos e ultra-femininos.
“Tudo é feito de uma maneira muito artesanal, no melhor sentido da palavra, porque aqui há arte. A arte do fazer bem. Uma arte que é aplicado. E isso é realmente surpreendente,” começa por descrever o Kaiser. “A imagem desta coleção, para mim, está muito ligada ao requinte que deve ser visto de perto para entender como é que cada peça é realmente feita e para entender também a beleza desse trabalho.”
O tweed, estrela-mor da Chanel, não poderia deixar de marcar presença. Já os skirt suits receberam um tratamento contemporâneo, os vestidos gritam uma saída à noite com as amigas e os apontamentos em pele, que foram surgindo, são uma estreia. Na segunda-feira, 3 de dezembro, chegou às redações um email que dizia que a Chanel iria deixar de produzir e vender os seus produtos com peles e pelos exóticos. Sendo assim, tudo aquilo que se viu na passerelle foram versões sintéticas de pele de crocodilo e píton - dois dos materiais que a Maison tem usado nos últimos anos.
A primeira fila contou com Cindy Crawford, que olhou com atenção para os passos de Kaia Gerber num look total de ganga, Julianne Moore, Diane Kruger, Marion Cotillard, Lily-Rose Depp e Penélope Cruz - o mais recente rosto da Casa. Já a passerelle contou com um convidado especial, Pharrel Williams: o rapper norte-americano desfilou ao lado dos nomes habituais da Chanel.
Bruno Pavlovsky, presidente do departamento de Moda da Chanel, confessou ao The Guardian: “Só o Karl consegue fazer isto. Estamos muito contentes por ter o melhor designer de sempre.”
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