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Era outra vez
Inspiring Women 29. 9. 2021
A mais jovem presidente da câmara do Afeganistão fala, em conversa com Catarina Furtado, sobre como podemos ajudar as mulheres afegãs.
O caminho que fez até Lisboa, mais precisamente à associação Corações Com Coroa, foi árduo, perigoso, mas, agora que está cá, é inspirador. Zarifa Ghafari tornou-se, em 2019 aos 26 anos, a mais nova presidente da câmara da cidade de Maidan Sahr, no Afeganistão, contra 137 outros candidatos - todos homens. Depois de ter cumprido o sonho de infância de ser líder dentro do seu país, o cenário dos direitos humanos rapidamente mudou. A ativista conta a Catarina Furtado que toda a experiência foi “tão feliz”, apesar das ameaças que tem vindo a receber de grupos extremistas, como os talibã. Aliás, depois de três tentativas de homicídio - das quais escapou com ferimentos -, o grupo que agora assumiu o controlo do Afeganistão assassinou o pai de Zarifa, este que sempre fora para a jovem “um dos maiores apoios”.
No dia em que os talibã se apoderaram do governo afegão, a ativista conta que “estava no escritório e tudo estava normal”. Cinco dias depois, viu-se obrigada a embarcar num avião “sem saber o destino”, para que pudesse levar a “família para um lugar seguro”. Neste que foi “o momento mais difícil”, Zarifa diz ter partido apenas com o computador, o uniforme militar, uma caneca do pai e um punhado de areia que escondeu no lenço - “a areia lembra-me do meu objetivo, que é voltar para a poder colocar onde pertence”.
Desde que chegou à Alemanha com a mãe, os irmãos e o marido, ainda não parou de viajar por todo o mundo para contar a sua história. “O que está a acontecer às mulheres afegãs pode acontecer a qualquer um”, diz, pelo que é preciso “lutar contra o terrorismo”. Zarifa apela a que se assine a sua petição pela defesa dos direitos das mulheres afegãs. Para além disso, a associação Corações Com Coroa está a recolher donativos até dia 31 de dezembro, juntamente com a Cruz Vermelha, para o fundo Juntos Acolhemos. As recolhas serão divididas em 50% para mulheres e crianças refugiadas de outros países e 50% exclusivamente para refugiadas afegãs.
Porque “direitos das mulheres são direitos humanos”, segundo Zarifa Ghafari, a ativista recusa-se a ter medo: “quanto mais nos matam, quanto mais nos espancam, mais fortes nos erguemos”.
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