Um livro de leitura obrigatória, os Sonetos são a derradeira coleção de poemas da poetisa, abordando todo o espectro da emoção humana.
Um livro de leitura obrigatória, os Sonetos são a derradeira coleção de poemas da poetisa, abordando todo o espectro da emoção humana.
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"Sou talvez a visão que Alguém sonhou,Alguém que veio ao mundo pra me verE que nunca na vida me encontrou!"
Florbela Espanca é uma figura de tal magnitude na poesia portuguesa que se tornou um verdadeiro sinónimo da arte nacional. Os seus poemas criam um imaginário que, até à sua chegada ao panorama literário, não tinha precedente. Os seus versos, que abordam tópicos desde o amor ao desespero, da tristeza à euforia, encontram-se todos enraizados na capacidade extraordinária da poetisa de capturar todo o espectro da emoção humana. Os Sonetos são o livro mais emblemático do ícone da arte portuguesa, e ainda que seja uma compilação feita postumamente, é com certeza a melhor forma de iniciar uma relação com a poesia de Florbela Espanca.
O livro inclui a totalidade dos sonetos das obras Livro de Mágoas, Livro de Soror Saudade, Charneca em Flor e Reliquiæ. Desde Amar! até As minhas Ilusões, os poemas mais famosos da poetisa encontram-se reunidos nos Sonetos. Ainda que seja extremamente polivalente enquanto artista, é na sua poesia que Florbela Espanca mais brilha, abordando temas que, na sua maioria, circundam o tema do amor. Este conceito, nas mãos da poetisa, é explorado até ao seu expoente máximo. Amor romântico, amor próprio, amor pela própria vida, entre outros.
Os seus poemas são, para a época em que os escreveu, particularmente modernos, especialmente nos temas abordados, mas a sua estética é claramente influenciada pela poesia neorromântica, optando pela forma tradicional do soneto. O génio de Florbela Espanca possibilitou que trespassasse todos os impedimentos na sua frente, como o seu género, uma interdição colossal. Ainda que declaradamente feminina, a sua voz é universal, concedendo à poetisa o estatuto priveligiado que detém na arte portuguesa.
"As minhas ilusões, doce tesoiro,Também as vi levar em urna de oiro,No mar da Vida, assim… uma por uma…"
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