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Os 15 ensinamentos que retiramos das #VogueGlobalConversations

20 Apr 2020
By Julia Hobbs

Na última sexta-feira, 18 de abril, terminou a primeira parte das Vogue Global Conversations e aqui estão as mudanças radicais que precisamos de pôr em prática agora.

Na última sexta-feira, 18 de abril, terminou a primeira parte das Vogue Global Conversations e aqui estão as mudanças radicais que precisamos de pôr em prática agora.

“Fiquei tão inspirada pelo que ouvi e com muita energia pelas ideias sobre as mudanças radicais que os nossos palestrantes apresentaram com tanto entusiasmo”, afirmou Anna Wintour, diretora da Vogue US. As Vogue Global Conversations foram transmitidas no Zoom. “Todos queremos reconstruir esta indústria que tanto gostamos e deixar para trás hábitos que estão desatualizados ou mesmo insustentáveis.” Da importância duradoura da criatividade à minimizarão de desperdícios e à colaboração com concorrentes, aqui, algumas das mentes mais brilhantes da indústria partilham a sua visão sobre o futuro da indústria.

1. Marc Jacobs sobre o poder da criatividade

“A criatividade nunca vai parar - é absolutamente essencial. Onde todos estaríamos durante esta quarentena se não tivéssemos livros para ler e filmes para ver? Não sei onde estaria se não tivesse algo para vestir todos os dias. É apenas vital para mim, é tão essencial quanto qualquer outra coisa… Ser criativo e criatividade são absolutamente essenciais. E vão sempre viver.”

2. Virgil Ablog, CEO da Off-White e diretor artístico da Louis Vuitton Homme, sobre a oportunidade e a colaboração

“Este período é uma pausa para repensar e reavaliar o que é que significa a Moda […] Fazemos sonhos e depois vendemo-los […] Esta é a nossa oportunidade para transformar a indústria naquilo que as pessoas precisam […] Precisamos de mostrar a nossa resiliência, este é o momento de provar o quão valiosa é a nossa indústria […] Se a indústria seguir em frente e se exercitar, não vamos ser uma profissão vaidosa, mas sim humanitária. […] Deveríamos de ter uma colaboração formalizadas.”

3. Natacha Ramsay-Levi, diretora criativa da Chloé, sobre a frequência dos desfiles

“Acho que todos concordamos que valorizamos um desfile. É uma momento em que te podes reunir com a comunidade; é um momento em que há sensibilidade humana… Não podemos desperdiçar materiais, porque poluímos muito, mas também não podemos desperdiçar criatividade.”

4. Stella McCartney sobre a resiliência da natureza

“Vimos, que em tão pouco tempos, como a natureza é incrível, como ela se recupera tão rapidamente, quando paramos por um segundo. Eu acho isso muito esperançoso […] Podemos sair deste momento como uma indústria da Moda e dizer: ‘Nós podemos fazer muito melhor, podemos fazer muito mais com todo esse desperdício, podemos consumir de uma forma totalmente diferente’… Este é um momento de reste na história da Terra da forma como a conhecemos.”

5. Olivier Rousteing, diretor criativo da Balmain, sobre a reinvenção dos desfiles digitais

“Há algo que podemos dar a quem está na plateia que é totalmente diferente das passerelles tradicionais… Olho para os desfiles digitais como uma experiência em que podes levar os sonhos para o próximo nível.”

6. Cédric Charbit, diretor executivo da Balenciaga, sobre o aproveitamento de todo o potencial da tecnologia

“Temos a oportunidade de receber, mais ou menos, 600 pessoas para assistirem aos nossos desfiles a cada temporada. Esta é a audiência física… Online temos uma audiência de 10 milhões de espectadores… Os desfiles devem ser construídos, de alguma forma, a partir do ponto de vista digital. Para garantir que gerenciámos uma experiência online e offline igualmente relevante para as pessoas… O desfile da última estação, por exemplo, não é fraco se tu o vires online ou se o viste na sala de desfiles… Para mim, é muito empolgante ver que finalmente a tecnologia e a Moda se estão a fundir, porque ambas precisam uma da outra.”

7. Remo Ruffini, CEO da Moncler, sobre a importância da voz das marcas

“Precisamos de estudar uma nova maneira de estar próximo do nosso cliente e, com certeza, precisamos de mudar o tom da nossa comunicação. Isso é muito, muito importante… Temos que mudar o tom da nossa comunicação. É hora de expressar a tua palavra e não a tua voz. 

8. Marc Jacobs sobre as mudanças radicais e o calendário da indústria

“Sempre pensei que deveriam existir apenas dois desfiles por ano […] A quantidade de coisas que fazemos e a quantidade de veremos que são exibidas - é tudo tão excessivo. Fizemos tudo a extremo que não há consumidor para tudo o que é feito, e todos estão exaustos […] Tudo se tornou numa tarefa, uma tarefa que é apenas uma perda de tempo, energia, dinheiro e materiais […] Acho que todo o desperdício está a tirar o luxo da Moda, assim como a criatividade, porque quando estás com um calendário tão apertado e te pedem para produzir, produzir, produzir, é como ter uma arma apontada à cabeça e te dizem: ‘dance, monkey’. E ridículo, sabes? Então acho que, novamente, se o sistema não mudar, nós mudaremos.”

9. Kenneth Ize sobre a utilização dos espaços online de Moda

“A criatividade nunca para… precisa de seguir em frente […] é preciso encontrar uma maneira de fazê-lo. E acredito que […] o caminho a seguir […] com a situação que estamos a viver é para continuar a criar conteúdo e usar aquilo que temos disponível […] contar as nossas histórias.”

10. Vittoria Radice, vice-presidente da La Rinascente, sobre revelar as emoções como vendedor

“Mostre emoção no seu produto, na maneira como desenhas a tua loja, na maneira como conversas com o teu cliente, nas ferramentas que estás a usar - mostra como és de verdade… Estamos a tentar posicionar-nos como um lugar e não como uma loja: um lugar seguro para se estar, um lugar amigável, um lugar que está sempre aberto para quem quiser… A função da segurança e de um lugar seguro para estarmos, assim que reabrirmos, será ainda mais importante.”

11. Olivier Rousteing sobre a responsabilidade da indústria com o ambiente

“Não queremos viver num planeta que vai morrer amanhã. Precisamos de proteger, não só a nossa indústria, mas também o nosso mundo.”

12. Pierre Yves-Roussel, CEO da Tory Burch, sobre o futuro dos espaços de venda

“A loja oferece algo que não podes ter online… Há uma dimensão social ao entrar numa loja. Eu posso usar a analogia dos restaurantes - tu podes cozinhar em casa, podes ter a comida a ser entregue à tua porta, mas pessoas ainda gostam de ir aos restaurantes… O comércio tradicional esta a tornar-se cada vez mais sobre a dimensão social… Nós já concebemos as nossas lojas, desde o início, como uma extensão da nossa casa, por isso é um ambiente muito acolhedor… Acho que vamos ver mais essa tendência.”

13. Gabriela Hearst sobre o dever de um designer

“O desperdício, no final do dia, é uma falha do design; não existe na natureza.”

14. Stepahnie Phair, CCO da Farfetch, sobre o comércio eletrónico e o poder da narrativa

“O direct to consumer não é apenas transacional […] é sobre ter uma conversa com o cliente […] não é apenas vender, é criar uma conexão humana. E se existe alguma indústria capaz de se adaptar, é a indústria da Moda, porque somos uma indústria de contadores de histórias.”

15. Pete Nordstrom, vice-presidente executivo da Nordstrom, sobre a agilidade do comércio tradicional

“Há uma grande oportunidade para redefinirmos e agir com o melhor interesse dos clientes… É inspirador que todos nos encontremos numa situação em que temos todos os mesmos problemas para resolver… Sabemos que a combinação de fatores físicos e digitais, a maneira como trabalham juntos, é a chave para o nosso sucesso daqui em diante… É importante para nós que não reduzamos o que fazemos aos negócios transacionais - têm que ter uma ponto de descoberta e curadoria.”

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