Só há uma regra quando se trata de camisolas com motivos festivos e a receita para o sucesso é simples: go big or go home.
Só há uma regra quando se trata de camisolas com motivos festivos e a receita para o sucesso é simples: go big or go home.
![National Lampoon’s Christmas Vacation, Instagram @vcr.time.travel](/uploads/photos/2d35b3bc2c55c4e5e024f49a1d4cea25.jpg)
National Lampoon’s Christmas Vacation, Instagram @vcr.time.travel
National Lampoon’s Christmas Vacation, Instagram @vcr.time.travel
Nas últimas décadas a cultura popular desenvolveu uma obsessão com o conceito de nostalgia, o que significa que o nosso gosto a nível de alfaiataria se sobrepõe em alguns pontos ao dos nossos avós. Mas quando e como é que se tornou aceitável assaltar o guarda roupa do avô e efetivamente usar, à luz do dia, a sua camisola mais chunky e cinco tamanhos acima do nosso? Sabe bem qual é. Aquele pullover de lã com pelo menos um dos seguintes motivos festivos: flocos de neve, renas, doces ou pompons em 3D.
A Moda é cíclica e as tendências vão e voltam ao longo dos anos. Mas é raro para uma peça de roupa ser considerada tão fora de Moda quanto trendy, dois conceitos (só) aparentemente opostos. As camisolas que agora consideramos amorosamente “feias” atingiram o seu pico de popularidade na década de 1980. Muito poucas peças de roupa se podem orgulhar de ostentar o mesmo apelo intergeracional como as “camisolas de Natal”. Por cada pessoa que (ironicamente) ama uma destas camisolas há outra em que o sentimento é de facto sincero.
Mas como é que se deu o renascimento desta camisola? Quando se trata de camisolões, quanto mais desatualizados e extravagantes, melhor. O prémio vai para a criação da avó, feita à mão e de tamanho único. É um tanto ou quanto tosca, mas com uma dose saudável de fofura - o equivalente àquele filme de Natal que passa repetidamente na tarde de Domingo.
As camisolas temáticas começaram a ser produzidas em grande escala nos anos 1950, à medida que as festividades foram tomando um cariz cada vez mais comercial. Inicialmente chamaram-lhes “jingle bell sweaters” e tiveram algumas décadas de modesta popularidade. Até à década de 1980, em que conquistaram a adoração uniforme do público. As referências deste revivalismo remontam aos programas de televisão da época, nomeadamente no “The Cosby Show”, protagonizado pela família afro-americana Huxtables residente em Brooklyn, Nova York. O patriarca da família era assumidamente entusiasta das referidas camisolas ornamentadas e a importância deste sitcom na cultura popular contribuiu para a longevidade da camisola enquanto tendência. Também no clássico filme de Natal “National Lampoon’s Christmas Vacation”, lançado em 1989, o pullover de lã teve grande destaque. A família Griswold usava com orgulho estas camisolas que seriam ridículas se as medíssemos pelos standards de hoje e estavam apenas semi em voga para os anos 1980.
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Mark Darcy em O diário de Bridget Jones, Instagram @hollyjollymovies
O hábito de usar este fashion statement esteve um pouco adormecido durante os anos 1990, em que incitava um levantar de sobrancelha suspeito – como quando Mark Darcy resolve aparecer num encontro familiar de Bridget Jones a usar uma camisola verde com uma rena gigante. Até que no novo milénio as pessoas, especialmente americanos, começaram a fazer festas cujo tema girava em torno da tal “ugly Christmas sweater”. Depois disso, a camisola chegou ao mundo do high fashion e pisou as passerelles internacionais. Primeiro em 2007 com Stella McCartney e um casaco com a temática urso polar. Em 2010, o designer italiano Riccardo Tisci lançou uma série de pullovers em angora para Givenchy. Tal como Dolce & Gabbana na coleção de outono/inverno 2011 e tantos outros se lhes seguiram.
Será esta camisola apenas uma interpretação sarcástica do excesso natalício? Ou talvez seja uma forma das pessoas baixarem a guarda, aliviarem a pressão dos preparativos de Natal e se envolverem tranquilamente no espírito da quadra. Aquilo que sabemos é que ela é tão estilosa hoje como era nos anos 1980 e de pirosa não tem nada. Ou talvez até tenha, mas estamos bem com isso. Abaixo encontrará quinze sugestões que não saíram do armário do avô, mas poderiam perfeitamente.
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