Notícias  

Time for the icons

25 May 2020
By Ana Murcho

Tempos especiais pedem peças especiais. Como os ícones da Cartier, que a cada ano se renovam como símbolos de elegância e classicismo.

Tempos especiais pedem peças especiais. Como os ícones da Cartier, que a cada ano se renovam como símbolos de elegância e classicismo.

Jacqueline Kennedy, 1969, com o relógio Tank da Cartier. © Getty Images
Jacqueline Kennedy, 1969, com o relógio Tank da Cartier. © Getty Images

"Era uma vez..." Qualquer conto relacionado com o legado da Cartier poderia começar assim. Afinal de contas, as criações icónicas da maison francesa celebram histórias de amor que perduram para além do tempo. São disso exemplo a famosa Love bracelet, uma pulseira que simboliza a união (eterna) entre dois amantes; o anel Trinity, composto por três anéis de ouro entrelaçados, de diferentes cores, que representam amor, amizade e fidelidade; e o relógio Tank, criado em 1917, um ícone da relojoaria tanto para homens e mulheres. Agora que a boutique lisboeta da Cartier reabriu portas, é hora de relembrar o melhor destas peças, que fazem parte do imaginário de todos os que gostam de coisas belas. "Era uma vez..."

Por detrás de todas estas peças está o savoir-faire, e a dedicação, de uma empresa que sempre procurou ir além da simples definição de luxo e glamour. Porque no ADN da Cartier encontra-se tanto o refinamento das artes artesanais como o gosto por contar estórias. Foi assim que em 1969, nos workshops nova-iorquinos da Cartier, nasceu a pulseira Love, pela mão de Aldo Cipullo - que dois anos depois se tornaria o génio por detrás da não menos incrível bracelete Just un Clou. Customizada de forma invulgar, por trazer como acessório uma mini chave de fendas - única forma de a abrir, como se o amor fosse o escape final para quem a usa - a Love é, nas palavras do seu criador, "a algema moderna do amor." Esculpida a ouro, moderna antes do tempo, tanto design puro e ergonómico (linhas elegantes e inusitadas, traços suaves) como pela forma oval, que encaixa no pulso de forma perfeita, que a transformaram em algo mais do que uma simples joia. A Love, nome próprio, repetido até à exaustão por connaisseurs e curiosos, é parte de quem a usa, como uma segunda pele, imune a tendências, géneros e movimentos culturais. Ela é a reconciliação do feminino e do masculino, dos opostos que se atraem, das mentes inquietas que se desejam sem impor limites nesse desejo. Como Elizabeth Taylor e Richard Burton, que usaram a pulseira em representação de um amor que se estendeu muito além do grande ecrã.

E se a Love espelha o amour fou tal como ele é, outras joias escondem outros segredos. E outras interpretações. Como o Trinity ring, nascido da imaginação de Louis Cartier em 1924: um anel único feito de três faixas entrelaçadas de ouro amarelo, ouro branco e ouro rosa. Estas três bandas, que mais não são do que três anéis, correspondem a momentos especiais, feitos marcantes e relacionamentos que serão sempre lembrados pelo seu utilizador. Atípico no formato e no estilo, conquistou uma legião de fãs onde se encontram nomes come Gary Cooper e Jean Cocteau, indivíduos que prezavam a diferença e uma certa coolness. Não fosse o Trinity uma peça que grita atitude.

Relógio Tank, fabricado em 1962, pertencente a Jacqueline Kennedy, num leilão da Christie's, em 2017. © Getty Images
Relógio Tank, fabricado em 1962, pertencente a Jacqueline Kennedy, num leilão da Christie's, em 2017. © Getty Images

Semelhante destino estava traçado, desde o início, para o Tank. Concebido em 1917, este relógio é fruto de uma visão poderosa e de um longo processo de design, que deixou de lado a tradição e introduziu novos procedimentos nas oficinas de relojoaria. É por isso que, mais de cem anos depois da sua criação, o Tank nunca foi tão novo, tão moderno, tão aspiracional. É um símbolo de elegância transversal a todas as épocas por que passou, com um toque Art Déco que lhe dá um charme indestrutível. Tal como todos os objetos que fazem parte da história, o Tank foi pensado por Louis Cartier como uma rutura com todos os relógios do passado. Ao mesmo tempo disruptor e contido, vinha tornar o uso da medida do tempo nos pulsos algo vulgar, e só isso era uma revolução. Ao que parece, o desenho do Tank nasceu precisamente a partir da parte superior de um tanque: os cartões brancos evocam os degraus e o estojo representa o cockpit do veículo. Objeto fetiche dos dois lados da barricada, adorado por eles e amado por elas, passeou-se nos pulsos mais elegantes do século XX, e ficou eterno no de Jacqueline Kennedy, onde se tornou imortal. Agora chegou a hora de aterrar no seu.

Cartier [Lisboa]Av. da Liberdade 240 A,1250-148 LisboaT. 213 302 420

Ana Murcho By Ana Murcho

Relacionados


Moda  

Open Call | Shades of Doubt

26 Jul 2024

Pessoas  

As celebridades mais bem vestidas do prelúdio dos Jogos Olímpicos de 2024

26 Jul 2024

Curiosidades  

Nos Jogos Olímpicos de Paris, as mulheres portuguesas fazem história

25 Jul 2024

Moda   Compras   Tendências  

Trend Alert | Recortes

25 Jul 2024