A Fondazione Prada, um espaço de performance polivalente na cidade de Milão, foi o cenário escolhido por Miuccia Prada para o desfile primavera/verão da etiqueta italiana.
A Fondazione Prada, um espaço de performance polivalente na cidade de Milão, foi o cenário escolhido por Miuccia Prada para o desfile primavera/verão da etiqueta italiana.
©Imaxtree
"Queríamos dar vida à Fondazione porque, às vezes, a arte não é suficiente", confessou Miuccia Prada, citada pela edição americana da Vogue. Equilibrando as propostas estivais e a arte performativa no mesmo patamar, a criadora responsável pela Casa italiana usou o seu desfile primavera/verão para deixar uma mensagem mais política.
Calções de ciclismo, túnicas em cetim, vestidos ao estilo baby doll, bodysuits com decotes desmedidos e uma única tira debaixo do peito, bem como coordenados ultra-femininos, impressos com cenários artísticos ou complementados com detalhes como flores, missangas e cristais, foram alguns dos elementos que marcaram o jogo de dualidades intencionado por Miuccia Prada.
"A minha intenção é quebrar as regras dos clássicos", disse a criadora. "Discutir um desejo de liberdade, libertação e fantasia mas, ao mesmo tempo, falar sobre o conservadorismo extremo que está a chegar - a dualidade que existe no mundo", continuou. "O que me preocupa é a simplificação. Porque a política é dirigida por slogans - ou nem isso, é dirigida por um hashtag. Se tirares o conteúdo de algo e simplificares, chegas a um ponto em que não tens nada para dizer".
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