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My Fair Lady: o estilo da eterna Princesa Diana

by Irina Chitas

 

Nunca foi só Princesa, nunca foi só do povo. Lady Diana Spencer foi um ícone.

Quando a Moda gritava excessos e excentricidades, a elegância parecia voar para o País de Gales – e Diana abriu-lhe a porta. O mundo conheceu-a em 1981, com o vestido de noiva altamente criticado (desenhado por David e Elizabeth Emanuel, em parceria com a noiva) e o anel de noivado em safiras e diamantes que Catherine usa hoje em dia. A sumptuosidade das mais de 10 mil pérolas e lantejoulas, bem como da dramática cauda de mais de sete metros, marcaram o início de uma era que escrevia um novo capítulo na história do estilo.

Dando continuidade ao legado de mulheres de poder como Jackie Kennedy (que serviu, inclusive, de inspiração para um dos fatos que Gianni Versace desenhou para Diana), a Princesa de Gales não dava um passo em falso e sempre conservou a inteligência de perceber que cada escolha de guarda-roupa significava atenção da imprensa, e cada atenção da imprensa passava uma mensagem ao público. Como em 1994, com o LBD de Christina Stambolian que usou numa angariação de fundos na Serpentine Gallery, na mesma noite em que o documentário que continha as confissões de infidelidade do Príncipe Carlos era transmitido na televisão nacional. Na manhã seguinte, as primeiras páginas ignoravam o escândalo real para elogiar a radiante Princesa do Povo. 

E princesa do estilo: deixando para trás as blusas de folhos e saias florais dos seus dias de anonimato, Diana cultivou o look de "cabelo grande, ombros ainda maiores", polvilhando de glamour cada gala em que comparecia. Seja a dançar com Travolta ou a usar um colar de esmeraldas e diamantes na testa (havia sido uma prenda de casamento da sogra, mas a princesa preferiu não usar a gargantilha de uma forma convencional), os primeiros anos de casamento marcaram-se pela expansão da Moda britânica através da esbelta figura real que, à medida que definiu um sentido estético e construiu confiança nas escolhas, se aventurou além-fronteiras com nomes como Chanel, Ungaro, Valentino ou Lacroix.

Vestidos que combinavam com os sapatos – e as joias, e a carteira – produziam looks monocromáticos copiados por uma geração sedenta de sofisticação. O armário de Lady Di valeu-lhe 3 milhões de dólares para causas humanitárias num leilão da Christie’s, e um lugar no pódio restrito da eternidade. O final do século XX precisava de uma imagem, e essa imagem foi Diana.

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