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ModaLisboa: outono/inverno 2022 | Todos os desfiles do terceiro dia

14 Mar 2022
By Vogue Portugal

Luís Buchinho, Buzina, Hibu e muito mais do melhor que a Moda portuguesa tem para oferecer.

Luís Buchinho, Buzina, Hibu e muito mais do melhor que a Moda portuguesa tem para oferecer. 

© ModaLisboa
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Cravo Studios

Carolina Moreira é o nome em ascensão por detrás de Cravo Studios. A marca de menswear portuguesa apresentou mais uma coleção na Semana de Moda lisboeta, desta vez fazendo um apelo à representação da vulnerabilidade masculina. Break Free é a materialização dessa mesma libertação de estereótipos, apostando em elementos tipicamente femininos, e aplicando-os ao contexto social masculino. Flores pintadas em tons de roxo e rosa, fatos de veludo e padrões estereotipados culminaram num brilhante look final: um vestido comprido violeta que deixou toda a audiência a suspirar. 

Os destaques: fluidez de género, motivos florais, rosa, violeta, veludo. 

Filipe Augusto

A lenda da Senhora das Candeias está na origem da festa de 2 de fevereiro que se dá na freguesia de Canelas, no Peso da Régua, mas não só: é também o tema que introduz a coleção de outono/inverno 2022 de Filipe Augusto na ModaLisboa. Em treze coordenados, o designer português deu vida a este mito, e apresentou uma coleção de menswear que transporta os fatos e a alfaiataria de novo para o nosso armário. O grande destaque esteve nos casacos, que variaram entre blazers oversize, um casaco de pelo luxuoso e uma trench coat metalizada que mostra como Filipe Augusto sabe dar um toque seu aos clássicos.

Os destaques: conjuntos e fatos, lenços de pescoço, casaco de pelo, trench coat, riscas, franjas. 

Inês Manuel Baptista

Nesta coleção intitulada Realtà Infinite, Inês Manuel Baptista encontrou a sua inspiração no trabalho de Leonor Fini, a pintora que elevou a sensualidade no feminino. E o mesmo fez a vencedora da edição passada do Sangue Novo com os seus coordenados para o outono/inverno 2022. Numa paleta completamente pintada a preto, vimos realçadas as formas maximalistas da designer portuguesa. Folhos e texturas cobriram peças inteiras, do pescoço aos pés, e apostaram-se nos ombros largos, tal como nas mangas dramáticas, colocando uma tónica teatral em coordenados sóbrios marcados pelo preto.

Os destaques: silhuetas maximalistas, folhos, mangas balão, ombros largos, preto. 

Luís Buchinho

A coleção de Luís Buchinho foi um regresso aos anos 90, ao mesmo tempo que nos transportou para um ambiente pós-pandémico recheado de glamour. Não obstante, o designer manteve alguns traços de conforto nas peças que apresentou, facilitando a transição de quem passou dois anos a priorizar a funcionalidade, para agora apostar na elegância. Cortes minimalistas foram combinados com tecidos com cut-outs, e as trench coats brilharam num range variado de materiais. 

Os destaques: elegância, conforto, anos 90, trench coat, cut-outs, riscas verticais fluídas. 

Buzina

“O que quer que vista vou ser criticada, por isso mais vale vestir o que quero.” É nesta frase da Princesa Diana que reside uma grande parte da inspiração de UNTIE, a coleção para a estação fria lançada pela Buzina. A marca apostou no simbolismo da Moda, aceitando a sua vertente mais reflexiva, e o resultado foi um conjunto de coordenados divertidos, com formas balão e chapéus estilo sailor que dão ainda mais vida ao que já era um verdadeiro festival de cor. Rosa, laranja, roxo e branco pérola pintaram a passerelle lisboeta, numa coleção que define as suas próprias regras.  

Os destaques: formas maximalistas, silhuetas balão, vestidos, chapéus, rosa, laranja, roxo. 

Ricardo Andrez

A coleção que se segue é Adults Only. Para o outono/inverno 2022, Ricardo Andrez apostou numa abordagem ao voyeur digital, mantendo-se numa paleta de tons escuros e peças que, na sua maioria, cobrem todo o corpo. Os acessórios foram um grande ponto de destaque, principalmente as balaclavas, que regressam para mais uma estação fria, e as malas, em vários tamanhos e cores. No vestuário, foram os puffers que levaram a menção honrosa, combinando na perfeição com o tema que o designer se propôs representar.

Os destaques: sobreposição de camadas,puffers,balaclavas, malas, preto, azul, botões metalizados. 

Olga Noronha

Olga Noronha apresentou as suas propostas para o outono/inverno 2022 através de uma performance, onde a dança foi a verdadeira rainha. Neste ensaio sobre o corpo-não-corpo-no-corpo, a designer apresentou vestidos pretos fluídos que complementaram o movimento da apresentação.

Os destaques: preto, fluidez, movimento. 

Luís Carvalho

Long Term Parking, a obra de Armand Pierre Fernandez foi o ponto de partida para a apresentação de Luís Carvalho, um conjunto de propostas para a estação fria que se apresentam sob o título Return. Linhas retas, alfaiataria e conjuntos monocromáticos são alguns dos destaques desta coleção, que contou tanto com looks de menswear como womenswear. Nas cores destaca-se a dualidade de laranjas e azul petróleo, numa lógica de colorblocking, mas também tons mais sóbrios, como beges, pretos e brancos.

Os destaques: silhuetas retas, alfaiataria, azul petróleo, padrões, sobreposição de camadas. 

Hibu

A terminar o terceiro dia da Semana de Moda de Lisboa está a marca de Marta Gonçalves. A coleção de outono/inverno 2022 da Hibu foi um verdadeiro regresso aos anos 90, numa passerelle que se pintou de laranjas, roxos, verdes e padrões gráficos irreverentes. A cintura descaída fez também um comeback, tal como o denim que foi apresentado em casacos e calças. 

Os destaques: anos 90, cintura descaída, denim, rib, vinil, padrões ousados, silhuetas baggy. 

Todas as fotos são da autoria da ModaLisboa.

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