Inspiring Women  

Maria Borges: "Podemos e devemos fazer sempre mais"

27 Sep 2018
By Vogue Portugal

Sempre que falamos com Maria Borges ficamos a sorrir. Porque a verdadeira beleza de Maria Borges não está no rosto magnificente: está em tudo aquilo em que acredita.

Sempre que falamos com Maria Borges ficamos a sorrir. Porque a verdadeira beleza de Maria Borges não está no rosto magnificente: está em tudo aquilo em que acredita.

Já conhecemos a sua história e sabemos o quão inspiradora consegue ser para meninas, meninos, mulheres e homens que olham para si como um ídolo. Quando olha para o caminho que construiu, a Maria também se sente inspirada quando percebe tudo o que já alcançou?

Com certeza. Ter a oportunidade de trabalhar com marcas de topo e de nível mundial, sempre foi um sonho e que consegui realizar. Da mesma forma que poder inspirar meninas do mundo inteiro com o meu trabalho, sempre foi um objetivo. Às vezes não tenho noção do impacto que realmente poderei ou não ter, mas tento manter sempre a minha postura e maneira de ser com todas as pessoas de igual forma.

Às vezes nestas profissões tão caóticas, intensas e exigentes, em que se lida diariamente com equipas e métodos e até países diferentes, torna-se difícil manter a doçura. Mas isso foi uma coisa que a Maria nunca perdeu. Quais são os outros traços da sua personalidade dos quais soube que nunca quereria abdicar?

Em qualquer mercado em que trabalhamos, independentemente da cultura, dos costumes ou da geografia é importante respeitar toda a gente. Todos por igual. É necessário manter sempre os pés na terra e como diria a minha mãe, "Humildade acima de tudo".

E quais são os valores que construíram a sua identidade enquanto crescia que sente que lhe permitiram alcançar o lugar onde está hoje?

Valores como a amizade, gratidão, dedicação, perseverança são alguns dos que estão comigo até hoje, que juntamente com trabalho árduo, terão certamente como consequência anos de muito sucesso. Tento também nunca esquecer as minhas raízes e as pessoas que sempre estiveram do meu lado, nos momentos bons e nos momentos maus, assim como todos aqueles que contribuíram para o meu sucesso. Isto apesar de um dia poder estar em Nova Iorque, noutro em São Paulo ou em Luanda, em Portugal ou em qualquer cidade ou lugar da Ásia, seja dentro do hotel mais ao menos luxuoso do mundo. São essas diferentes realidades que temos sempre que ter presentes, sem nos esquecermos exactamente de onde viemos e com quem viemos.

Ser modelo, apesar de ser um privilégio, nunca é leve ou fácil. Mas qual é a beleza da profissão que continua a encontrar em todos os trabalhos?

A Beleza desta profissão é sobretudo poder ser o  espelho de muitas mulheres que tentam ganhar confiança e auto-estima para enfrentarem os mais diversos problemas do dia-a-dia.

Apesar de ser um tópico que acaba sempre por ser abordado, é quase inevitável perguntar-lhe sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e o sugadouro de energia que é ser modelo. O que é que tem de fazer para que esse equilíbrio nunca lhe escape?

Equilíbrio. É esse mesmo o segredo.

Continua a encarar a sua carreira como uma bênção? Porquê?

Todos estes anos de muito trabalho e sacrifícios valeram a pena e contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional.

Inevitavelmente, a Maria tem quebrado, ano após ano, barreiras raciais e ajudado a equilibrar a falta de diversidade que ainda se encontra na Moda. Que barreiras sente que ainda faltam quebrar? E o que é que acha que pode fazer em relação a elas?

Penso que estamos numa era que o nosso eu vale muito mais que qualquer outra questão. Temos que colocar o foco em questões que realmente importam e que tornem qualquer sociedade mais sólida e onde se cultive tolerância e paz. Devemos aceitar quem somos, com todas as nossas diferenças e lutarmos por tudo aquilo em que acreditamos. Acho que podemos e devemos fazer sempre mais. Podemos sempre tentar fazer a diferença e mostrar ao mundo a importância da igualdade de direitos para todos e ensinar que não devemos ter uma postura de comparação.

Quando acorda e olha para o dia que tem à sua frente, o que é que a faz feliz?

Fico feliz por mais um dia, agradeço o que tenho e lembro-me que só depende de mim mesma ser feliz.

O que é que sente de cada vez que faz história?

As coisas acontecem no momento certo e na hora certa. Acredito que tudo acontece por um motivo. Sentir que faço algo que faz a diferença e ter esse reconhecimento, é só por si, motivo de grande orgulho.

Pode dizer-nos três mulheres que a inspiram?

Mulheres que me inspiram são a minha Irmã Ana Borges, Michelle Obama e Oprah.

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