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O vestido Mango que Sofia Sanchez de Betak levou à Met Gala 2019 inspirou uma coleção cápsula

04 Jun 2019
By Rui Matos

A manga foi o ponto de partida, perdão, a fruta de partida, para o coordenado de estreia da gigante espanhola na maior passadeira vermelha da indústria da Moda. A diretora de design, Justicia Ruano, conta-nos tudo.

A manga foi o ponto de partida, perdão, a fruta de partida, para o coordenado de estreia da gigante espanhola na maior passadeira vermelha da indústria da Moda. A diretora de design, Justicia Ruano, conta-nos tudo.

Sofía Sanchez de Betak © Mango
Sofía Sanchez de Betak © Mango

Foi a primeira vez que uma marca espanhola de high street pisou a passadeira vermelha da Met Gala, um dos eventos mais mediáticos da indústria da Moda. Foi Sofía Sanchez de Betak, embaixadora Mango, que assim que foi convidada para o evento, lançou o desafio à equipa de design da marca e juntos, com o apoio da stylist Mimi Cutrell, desenvolveram um vestido. Inspirado numa manga, o resultado materializou-se num look em tons de laranja e amarelo, com volumes e camadas, que além de refletir a essência da marca, fez jus ao tema da noite: Camp, uma sensibilidade que apela à extravagância, ironia e teatralidade. 

Esse vestido desmultiplica-se agora numa coleção-cápsula, a Gala Collection, que é composta por por vestidos, carteiras e acessórios, todos inspirados no vestido que Sofía de Betak usou. Com a chegada desta coleção à loja virtual da Mango, a Vogue conversou com Justicia Ruano, diretora de design da marca, que nos contou toda a história por detrás desta experiência. 

Camp: Notes on fashion, foi o tema escolhido para a Met Gala 2019. Partindo desse conceito como é que foi criar um vestido que encaixasse na temática e ao mesmo tempo levasse o ADN da Mango para uma passadeira vermelha tão importante?

Trabalhámos com a stylist Mimi Cutrell que nos ajudou a desenvolver o conceito para este vestido. Ocorreu-lhe a ideia de brincar com o nome da marca para o coordenado e acessórios, tendo como objetivo criar um vestido que encaixasse na temática do evento - que em última análise é baseada na ironia e no exagero. Para nós, este projeto foi muito mais do que criar um look para a Sofia usar no evento, o nosso objetivo principal era refletir o ADN da marca e, para que tal acontecesse, interpretámos no vestido o conceito de uma manga através das cores e volumes, destacando o fruto nos acessórios,  mas mantendo sempre um look elegante e feminino que pode ser usado fora da red carpet da Met Gala. 

Como é que foi desenvolver um vestido cujo ponto de partida foi uma manga? 

Quando a ideia de nos inspirarmos num fruto nos foi proposta, foi uma novidade, mas ao mesmo tempo percebemos que seria um desafio. Tendo em conta o conceito de Camp da Met Gala, concordamos que seria divertido e irónico, a Sofia [Sanchez de Betak] concordou e fomos em frente com esta ideia. Tanto o vestido como os acessórios foram criados pela equipa de design da Mango com a ajuda da Mimi Cutrell. E fizemos muitos testes e provas com a Mimi e Sofia.

De um vestido para uma coleção-cápsula, como é que foi a concretização destas peças? A extensão para um universo de vestidos e acessórios foi algo natural?

Foi a primeira vez que a Mango participou neste evento e desde o início tínhamos claro que este projeto não era simplesmente vestir a Sofia, que foi deslumbrante para o evento, mas sim que as nossas clientes se pudessem identificar com aquilo que tínhamos criado. Desde o momento em que decidimos participar na Met Gala, soubemos que iríamos estender esta participação a uma coleção-cápsula para que um maior número de pessoas tivesse a oportunidade de fazer parte deste dia de alguma maneira. 

De que modo é que conseguiu transpor teatralidade no vestido de Sofia e na coleção-cápsula, posteriormente desenvolvida?

Creio que conseguimos a teatralidade exagerando as qualidades do fruto, o degradé das cores e trabalhando com os volumes e camadas do vestido. Os acessórios ajudaram a exagerar ainda mais o conceito e a dar um toque extravagante ao vestido: a carteira que a Sofia levou tinha a forma de uma manga, assim como os brincos e a pregadeira.

A cada coleção que desenha para a Mango, quais são as características que tenta introduzir em cada peça, isto é, como é que conjuga o seu ADN ao universo Mango?

O que realmente é importante, para nós, é que tudo aquilo que criamos reflita a essência da Mango. Queremos inspirar as nossas clientes e transmitir-lhes a nossa paixão pelo estilo e cultura, que pela nossa origem, tem um ponto de vista forte no mediterrâneo. A Mango dirige-se a uma cliente feminina e contemporânea, que se interessa por estilo e procura roupa para as mais diversas ocasiões do seu quotidiano. Por isso mesmo, as nossas coleções são muito amplas e variadas, mas o objetivo é sempre o mesmo: que as mulheres se sintam bem quando usam a nossa roupa e que consigam expressar o seu estilo.

A Gala Collection

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