Livro de História: Victoria’s Secret
Tendências 27. 8. 2016
A 27 de agosto de 1961, Austin, Texas, tornava-se a terra natal daquela que viria a ser uma das personalidades mais marcantes no universo da Moda. Criado num ambiente onde a liberdade para ser o que desejasse se assumiu, desde logo, como um dado adquirido, Tom Ford cultivou a ideia de que tudo era possível e que poderia ser o que quisesse. Talvez tenha sido essa maleabilidade de aspirações que não o travou quando, no último ano do curso de arquitetura, desejou dar uma volta de 180 graus na sua vida – acordou uma manhã sem perceber o que estava ali a fazer. Nesse momento marcante fez desencadear a reviravolta que deu início a uma caminhada feita de triunfos. Diz ter chegado à conclusão que a Moda era o equilíbrio perfeito entre a arte e o comércio e não hesitou em dar o "leap of faith”.
Em 1985 decidiu que iria conseguir um trabalho com a designer de vestuário desportivo Cathy Hardwick e ouvir uma resposta negativa não iria demovê-lo – afinal, não tinham sido os seus próprios pais a garantir-lhe que poderia ser o que desejasse? Durante mais de um mês, o jovem designer ligou todos os dias para o escritório de Hardwick a pedir uma oportunidade. A vitória deu-se pelo cansaço e depois de uma entrevista curta – à qual Ford demorou apenas 2 minutos a chegar (ligava diariamente do átrio do prédio onde era o escritório) –, na qual Hardwick não previa lhe dar-lhe qualquer hipótese, Tom Ford conseguiu o trabalho. Poder-se-ia dizer que a perspicácia e o olhar atento lhe abriram a porta necessária para dar arranque ao seu currículo profissional.
E a fórmula resultou. O triunfo deu-se em menos de cinco anos: em 1992 tornava-se Diretor de Designers e em 1994 alcançava um dos lugares mais desejados, o de Diretor Criativo da casa. Até 2004, Ford compôs as fileiras da Gucci numa revolução de estilo cujo impacto a nível financeiro não poderia ter passado indiferente – as vendas anuais da Gucci cresceram dos 230 milhões para os 3 mil milhões de dólares.
É neste ano que as correntes da mudança voltam a surgir no horizonte de Tom Ford – a Gucci estava a ser adquirida pela multinacional Pinault Printemps Redeoute – e, tal como em outros momentos, o designer embarca numa nova aventura. Deixa a casa que revolucionou e funda a sua própria marca, homónima, assinando as linhas de prêt-a-porter, de óculos e de Beleza.
Em quase três décadas de caminhada profissional, não houve espaço para falhas e o reconhecimento chegou em forma de prémios, mas sobretudo na admiração da indústria. Das passerelles às suas sempre inovadoras campanhas, é único na forma como celebra o feminino e o sexy. Na Vanity Fair de 2006, por exemplo, apareceu como o centro das atenções das musas Keira Knightley e Scarlett Johansson, nuas, claro. Já a campanha do perfume Opium (que dirigiu enquanto ainda fazia parte da Gucci), Sophie Dahl apenas precisou de um colar de pérolas e uns stilettos para compor um universo de charme onde seriam apenas precisas duas gotas, não de Chanel nº5, mas sim do perfume da YSL.
Aos 55 anos e com um império de Moda homónimo, Tom Ford continua a reinventar-se e a seguir um caminho que é pavimentado por si mesmo. Estar no sítio certo, à hora certa importa, mas, para o espírito incontrolável do designer, se a circunstância não acontece, tem de ser forçada pela determinação de uma vocação. E a sua é a Moda.
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