Esticar a corda

Será legitimo dizer que as alpercatas estão de volta? Na verdade, parece-nos que nunca foram embora. 

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Foi durante o século XIII que as espadrilles, nome originalmente francês, apareceram na cena da Moda. Parte da herança histórica de países como Espanha e França, o sapato com sola de corda depressa conquistou homens e mulheres pela simplicidade e conforto, tornando-se um dos preferidos de artistas como Pablo Picasso e Salvador Dalí. Mas não foram os únicos: a atriz Grace Kelly propagou a tendência além fronteiras através do grande ecrã, no filme Ladrão de Casaca de 1955, e, nos pés de Jane Birkin, tornaram-se símbolo do estilo francês.

Foram, durante os anos 50 e 60, a escolha privilegiada das grandes estrelas de Hollywood da altura e, poucos anos depois, rumaram até às principais capitais de Moda graças a Yves Saint Laurent, pioneiro na versão com cunha na década de 70. Seguiram-lhe o exemplo outras Casas que adaptaram o modelo com diferentes materiais, cores e feitios - da Valentino à Chloé, com o duplo C da Chanel e versões mais contemporâneas pensadas pelo rei do calçado Christian Louboutin. 

Nos pés das it girls mais influentes da Moda, regressam em 2018 com uns centímetros a mais na cunha. Hoje, usar alpercatas é transpor a máxima do je ne sais quoi para um par de sapatos, combiná-lo com o melhor outfit, seja ele um vestido fresco ou uns jeans e t-shirt branca, e usá-los com uma dose extra de confiança durante a estação quente. Veja, na galeria, o exemplo de nomes como Jeanne Damas - a rainha nesta arte -, Chiara Ferragni e Aimee Song.