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Notícias 19. 4. 2018
A Diretora Criativa da Casa francesa conversou com Suzy Menkes sobre canalizar o espírito do fundador Christian Dior e inspirar as mulheres mais jovens.
Maria Grazia Chiuri conversa com Suzy Menkes na CNI Luxury Conference em Lisboa ©Indigital
Desde que foi apontada como primeira Diretora Criativa de Christian Dior em julho de 2016, Maria Grazia Chiuri tem escrito um novo capítulo na história da Casa, e usado-o como uma plataforma para fins políticos. Para ela, Dior não é sinónimo de ativismo mas antes de feminilidade e empowerment feminino. As t-shirts com a mensagem We Should All Be Feminists, inspirada pelo ensaio político de Chimamanda Ngozi Adichie e apresentada no seu primeiro desfile de primavera/verão 2017, tornou-se parte da história da Moda, e o slogan é, hoje, graças a Chiuri, tão característico da Dior como as saias compridas.
"A mulher Dior pode ser feminina de um modo poderoso", disse Chiuri ao público da Condé Nast International Luxury Conference. "Quero mostrar a mulher que está por detrás do meu trabalho. E não estou sozinha - no atelier e nos arquivos, existem muitas mulheres que trabalham na Casa. È importante mostrar aquilo que se passa cá dentro.".
A sua pesquisa extensa nos arquivos de Dior fá-la sentir como se conhecesse o próprio Christian Dior. "Por vezes penso que o consumidor tem uma ideia de Christian Dior como um misto de diferentes designers, mas se olharmos apenas para o trabalho de Christian Dior, é muito preciso.". A sua Dior faz uma ponte de ligação com o criador Christian Dior, porque é ele o fundador, e o ADN da marca. "Ele tornou-se, instantaneamente uma marca internacional - com parfum! Era algo inacreditável para a época!".
Como é a sua realidade na Dior? Como consegue equilibrar as exigência de criar coleções couture, ready-to-wear, resort e cruise, acessórios, e ainda supervisionar a direção das campanhas e do marketing? "Trabalho muito", diz com um riso. "Se queres que os desfiles, as montras das lojas e as campanhas publicitárias tenham a mesma linguagem, então tens que trabalhar muito. É importante que o consumidor veja a mesma mensagem... e experiencie a mesma emoção. Para mim, não é possível fazê-lo de outro modo.".
Ao ser uma italiana a trabalhar num atelier francês, onde muitas das petites-mains não falam a mesma língua que ela, Chiuri ressalva: "A linguagem da Moda é muito mais importante que o inglês, o francês ou o italiano. Somos uma marca internacional. Juntos, colocamos a nossa paixão em tudo o que fazemos, por isso, a língua que falamos não é importante.".
Criar uma ligação com a próxima geração de consumidores Dior veio, em parte, através do lado couture da maison. "As pessoas pensam que couture é apenas sinónimo de algo caro, mas é mais que isso, é uma tradição", disse. "Há uma nova geração que quer descobrir esta ideia do artesão porque querem sentir o toque humano.".
A sua filha, que estava no público, é crucial no seu processo criativo, porque age como um espelho da sua mãe. "Às vezes ficamos presas no nosso próprio trabalho e é importante termos outro ponto de vista. Ela é o futuro. Quando tinha a mesma idade que ela, não tinha a mesma informação que ela tem.".
A forte ligação de Chiuri à arte é fruto da sua ligação à juventude. "Não é fácil para uma rapariga em Itália pensar 'Quero ser um Caravaggio' - temos demasiados estereótipos na nossa mente! Tenho esperança que a próxima geração possa ser um Caravaggio!". E com a influência de Chiuri, terão o poder da Dior como apoio.
A quarta edição da conferência anual Condé Nast International Luxury Conference em Lisboa acontece nos dias 18 e 19 de abril. Para mais informações, visite www.cniluxury.com/2018.
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