Chanel é um nome mágico no mundo da Moda. O logótipo do duplo C, conhecido por todo o mundo, não precisa de qualquer tipo de tradução. Também não é necessário traduzir todas imagens de marca da Chanel, como a carteira acolchoada, as camélias, ou até o número 5. Neste episódio do Good Morning Vogue, Anna Wintour e Hamish Bowles juntam-se a Sofia Coppola, Inez Van Lamsweerde, Vinoodh Matadin, entre outros, para descodificar alguns dos códigos da marca, criados por Gabrielle “Coco” Chanel, Karl Lagerfeld, e a atual diretora criativa, Virginie Viard, que, através da sua preferência por simplicidade, se junta a este legado.
“Chanel é um mundo em si”, demarca Van Lamsweerde, um mundo que é o reflexo do requinte do gosto da sua fundadora, que servia também como sua principal modelo, tendo a própria sido a representante da marca. Tendo começado a sua carreira como modista de chapéus, Chanel transformou o mundo da Moda na década de 1920 através da introdução de vestidos e casacos simples em jersey (um material inédito para o mercado de luxo), no qual uma mulher poderia viver, amar, comer e dançar. Quando Chanel reabriu a sua marca em 1953, após ter sido forçada a fechar durante a Segunda Guerra Mundial, os seus fatos em tweed com bainhas pesadas com correntes, tornaram-se num uniforme chic.
Karl Lagerfeld, que tomou rédeas da marca em 1983, provou que a Chanel conseguiria florescer na ausência (física) da sua fundadora. O “Karl”, como menciona a sua amiga pessoal, e Diretora Editorial Global da Vogue, Anna Wintour, “era o Super Homem.” Sendo capaz de absorver os códigos da marca, Lagerfeld sensibilizou-os para a era pós-moderna, adicionando elementos de streetwear, assim como um sentido de humor cativante. Esta mistura, tão emocionante e poderosa equipara o legado de Karl Lagerfeld ao da própria Coco Chanel.
A Chanel encontra-se agora nas mãos de Virginie Viard, que trabalhou lado a lado com Lagerfeld durante três décadas. Sem descartar o legado da marca, Viard está a estampar a sua assinatura na Chanel, combinando elementos de feminilidade suave com uma atitude rock’n’roll. E, tal como Bowles aponta, com Viard no leme, a Chanel volta a ter uma mulher a desenhar para mulheres. Vive la femme!
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