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Entrevistas 2. 8. 2019

Anna Bu Kliewer, a ilustradora analógica

by Rui Matos

 

Para Bu Kliewer, o domínio do Photoshop, Illustrator e afins não é uma preocupação. De tesoura e cola em mão, Anna cria ilustrações que nos fazem sonhar e em viver num universo paralelo. 

Sem restrições no que diz respeito à imaginação e preocupações com os percalços que uma tesoura pode provocar, do que Anna Bu Kliewer precisa mesmo é de humor e muita cor — com excepção dos dias maus, em que o preto e branco são os tons de eleição.

Para a nossa edição de julho de 2019, inteiramente dedicada à geração mais Connected de sempre, Anna trabalhou com a dupla de fotógrafos The Bardos para ilustrar algumas fotografias do editorial Peek-a-Boo, em exclusivo para a Vogue Portugal. "Tinha acabado de cortar plantas e flores e pensei que poderiam ser o complemento perfeito para as formas femininas. Estas imagens são lindíssimas, então decidi fazer pequenas alterações", conta-nos. Esta foi a oportunidade perfeita para ficarmos a conhecer melhor a ilustradora. 

Sobre o processo criativo e a inspiração

“Procurar materiais pesa muito no que diz respeito ao meu processo criativo. Passear e encontrar livros e revistas em lojas vintage, também. A segunda parte do meu processo criativo é cortar papéis durante dias. O meu trabalho é todo manual, só depois é que é digitalizado. A minha inspiração nasce muito daquilo que tenho à minha frente, mas também das cores que vou vendo em livros. Às vezes, o meu mood também é a minha inspiração, por exemplo quando estou rabugenta as minhas peças tendem a ser a preto e branco.”

Sobre a descoberta de poder contar histórias através da imagem

“[Foi]Provavelmente quando os meus amigos começaram a partilhar as histórias que viam nas minhas colagens, sendo que cada história era diferente. Adoro quando o público usa a sua própria experiência e fantasia para interpretar o meu trabalho.”

As três coisas que não podem faltar na mesa de trabalho

“A cor é extremamente importante para mim, adoro quando os tons se misturam. As outras duas coisas, são, sem dúvida, o humor e o lado feminino.”

A aproximação ao mundo das artes

“[Aconteceu] Por volta dos meus 9/10 anos, quando a minha mãe me deu um cavalete com tintas — era muito divertido experimentar aquilo tudo. Não era muito divertido para a minha mãe limpar aquilo tudo. Às vezes penso que, muito provavelmente, ela se arrependeu de me ter comprado aquilo…”

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