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Alek Wek, uma supermodelo que é uma força da natureza

02 Apr 2019
By Rui Matos

Com mais de duas décadas de carreira, Alek Wek não é uma desconhecida por estas bandas. É modelo, é atriz, é ativista, é Embaixadora das Nações Unidas, em suma, é uma força da natureza com um carisma muito próprio.

Com mais de duas décadas de carreira, Alek Wek não é uma desconhecida por estas bandas. É modelo, é atriz, é ativista, é Embaixadora das Nações Unidas, em suma, é uma força da natureza com um carisma muito próprio. 

Fotografia Hugo Comte. Realização de Cláudia Barros
Fotografia Hugo Comte. Realização de Cláudia Barros

Quebrou inúmeros estereótipos e barreiras, não só para as mulheres, mas principalmente para as mulheres negras. Se, hoje, no currículo carrega nomes como Chanel, Marc Jacobs e Ralph Lauren, foi porque o seu profissionalismo e, claro, a sua beleza desconcertante falaram sempre mais alto. Os motivos, para se falar de Alek Wek, são mais do que muitos, mas compactamos os seus 24 anos de carreira em oito marcos. 

1. A participação no videoclipe Golden Eye, de Tina Turner 

Em 1995, uma scouter da agência Models One abordou Alek Wek e perguntou-lhe se queria ser modelo. “Eu… modelo? Nem pensar,” respondeu-lhe. “Estava muito focada nos estudos, na London College of Fashion. No entanto, dei-lhe o meu número e, na realidade, ligou-me.” Uma chamada que mudou o rumo da história da Moda. O primeiro trabalho de Wek foi a participação no vídeo da música Golden Eye, de Tina Turner, que integrava a banda sonora de 007 - GoldenEye. 

2. O breakthrough

Em 1996, um ano depois de ter participado no videoclipe de Tina Turner, a modelo, de origem sul-sudanesa, caiu nas boas graças da indústria e cresceu a olhos vistos. Assinou um contrato com a Ford Models, desfilou pela primeira vez para a Ralph Lauren, onde abriu o desfile de primavera/verão de 1997, uma coleção intitulada Maasai. Nesse mesmo ano, participou ainda no vídeo de Janet Jackson, Got ’Til It’s Gone e, em 1997, a MTV entregou-lhe o galardão de Modelo do Ano. 

3. Calendário Pirelli 

Na reta final da década de 90, ainda a dar os primeiros passos, foi escolhida para participar na edição de 1999 do Calendário Pirelli. Herb Ritts era o fotógrafo responsável e capturou a fotografia preferida de Alek Wek. “Era incrível trabalhar com ele. O stylist nesta sessão queria que eu vestisse um catsuit em látex, mas era muito apertado e doloroso de vestir, então o Herb disse à equipa de maquilhagem ‘keep it simple, coloquem óleo nela.” Desde essa estreia no icónico calendário, Alek Wek marcou presença na edição de 2000 com Annie Leibovitz por detrás da câmara e, mais recentemente, em 2013 pela lente de Patrick Demarchelier. 

4. Um anjo com asas XXL

No ano de 2001, num dos primeiros desfiles mediáticos da Victoria’s Secret, encontramos Wek com uma lingerie em renda e umas asas maiores do que a vida. Dois anos depois, em 2003, decidiu abrandar o ritmo e não fazer tantos desfiles. 

5. O regresso e Wek 1933

Depois de uma pausa, voltou às passerelles para fechar o desfile da primavera/verão 2004 da linha de Alta-Costura da Chanel, um pedido que atendeu por ser amiga de Karl Lagerfeld. Pela mesma altura, lançou a linha de carteiras Wek 1933, uma referência à data de nascimento do pai. 

6. O memoir 

Depois de, em 2005, ter sido acompanhada pela BBC quando foi visitar a sua terra natal, decidiu começar a escrever um livro sobre todas as mudanças que ocorreram na sua vida. Alek: From Sudanese Refugee to International Supermodel foi editado pela Harper Collins, em 2007, e tornou-se num best seller traduzido para dez idiomas. 

7. Embaixadora das Nações Unidas

No ano de 2013, a supermodelo foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade de ACNUR -  o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. 

8. O ano de 2018 e a nova versão de Suspiria

No ano passado, fotografou a primeira capa de uma Vogue na sua carreira, para a versão ucraniana da publicação. Sendo uma mulher dos sete ofícios, a representação é um talento que também lhe assiste e, depois de ter participado em As Quatro Penas (2002), esteve na nova versão do thriller, de 1977, Suspiria. Foi o realizador Luca Guadagnino quem a convidou a participar no filme, e Alek Wek aceitou assim que soube que Cate Blanchett também participaria no remake. 

Há muito mais sobre Alek Wek na edição de abril de 2019 da Vogue Portugal, acabada de chegar às bancas. O editorial fotografado por Hugo Comte, com realização de Cláudia Barros, e a entrevista conduzida por Patrícia Domingues, chefe de redação da Vogue Portugal, é para ler e ver entre as páginas 190 e 211. O vídeo desse momento é para ver abaixo. 

Rui Matos By Rui Matos

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