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Um livro obrigatório para todas as jovens ainda a navegar pela vida adulta.
Já lá vão alguns meses desde que comprei este livro, por sugestão do Goodreads, mas confesso que ficou tanto tempo à espera que pegasse nele porque não sou a maior fã de autobiografias - até porque o título sugeria alguns vestígios de auto ajuda. Ganhei coragem para ler os primeiros capítulos e percebi que seria mais fácil do que tinha antecipado. Afinal, Dolly Alderton pode ser ainda uma mulher jovem, mas são tantas as histórias que já tem para contar.
Antes de se tornar jornalista e colunista do The Sunday Times, Alderton teve uma adolescência atribulada, acelerada e muito agitada. Apesar de se assumir como um livro de não-ficção, algumas das histórias de Tudo o que sei sobre o amor deixam o pensamento: não é possível que isto tenha mesmo acontecido. Imagine-se uma bebedeira de uma miúda de 16 anos que faz as parvoíces mais descuidadas - é Dolly Alderton.
Claro, as festas e os encontros e os rapazes são divertidos, engraçados, mas o verdadeiro sumo está no que vem a seguir: a vida adulta. Ao longo dos seus 20 anos, a jornalista revela como foi ter o primeiro e o segundo emprego, novas oportunidades e mudanças nos seus grandes objetivos. No fundo, tudo aquilo que a maioria dos jovens nestas idades está a passar. E que reconfortante é ouvi-lo de alguém que hoje atingiu um enorme sucesso.
Estava à espera de ler 359 páginas sobre amor romântico - aquele que descobrimos com os clássicos de Shakespeare ou das irmãs Brontë, mas uma versão contemporânea da coisa - e essa foi só mais uma das razões que me fez adiar a leitura deste livro. Sim, há histórias de namorados e relações falhadas (que, já agora, tanto fazem pensar acerca do valor que hoje damos a um relacionamento e a nós próprios), mas ao longo das páginas percebi que o verdadeiro amor não é necessariamente romântico, é aquele que sentimos por quem nos acompanha todos os dias, pelo bom e pelo mau. Se tivesse de eleger uma lição de Dolly Alderton me ensinou é que a paixão desvanece, mas amizades (se forem tratadas com o devido cuidado) são para durar. Por entre as lágrimas que este livro me fez chorar - que não foram poucas, para que conste -, houve uma passagem que ainda agora ouço ecoar na minha cabeça: “Eu voto nunca perder as minhas amigas de vista se alguma vez me voltar a apaixonar, nunca vou esquecer o quão importante vocês são e o quanto precisamos umas das outras”.
Pontuação:
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