O escritor norte-americano transporta-nos com as suas palavras até à cidade Luz.
O escritor norte-americano transporta-nos com as suas palavras até à cidade Luz.

Paris está - na verdade, sempre esteve - na moda, nomeadamente numa época em que somos transportados para a capital francesa cada vez que abrimos o Instagram (ou é só o meu algoritmo?). Nesse sentido, sabia que não poderia haver melhor forma de me transportar para as ruas parisienses do que através das descrições honestas do escritor norte-americano Ernest Hemingway. E assim foi. Viajámos juntos desde a primeira página.
Paris é uma festa (em inglês, A Moveable Feast) é um livro autobiográfico publicado após a morte de Hemingway a partir de anotações que o escritor tinha realizado durante a década de 1920. Nessa altura, Ernest Hemingway era jornalista e vivia em Paris com a sua primeira mulher, Hadley Richardson. A obra segue o seu quotidiano, centrando tanto a sua vida pessoal como profissional, e até a sua relação com outros nomes conhecidos da época, como é o caso de F. Scott Fitzgerald.
Terminei com alguma rapidez as poucas páginas de Paris é uma festa e senti que, no fim de contas, foi uma leitura agradável. Não é uma daquelas histórias emocionantes que nos deixa agarrados ao livro até chegarmos ao seu fim, mas também não é uma daquelas obras que continuamos a ler simplesmente porque não deixamos de gostar nenhum livro a meio. Deve estar algures entre os dois, talvez um pouco mais aborrecido no seu começo e mais agitado e entusiasmante no seu fim.
Na verdade, a minha parte favorita da história prende-se precisamente com os momentos em que Hemingway contacta com Fitzgerald e é a vida emocionante do último que dá um toque especial à obra. Para quem gostaria de conhecer mais sobre a vida do autor d’O Grande Gatsby, é possível fazê-lo através de Paris é uma festa, através das palavras de quem o considerou um amigo. E, claro, no meio de tudo isto ainda conhecemos Paris: as suas ruas, os seus cafés (os que devemos e não devemos frequentar), as suas pessoas, as suas livrarias e toda a sua história durante os loucos anos 20.
Foi uma viagem que deixará memórias – algumas mais facilmente esquecíveis do que outras, mas serão memórias.
Pontuação:

O Vogue Book Club é uma rubrica semanal, neste espaço um membro da equipa Vogue Portugal propõe-se a refletir, ou apenas comentar, um livro - seja uma novidade literária ou um clássico arrebatador. Pode participar nesta discussão através da hashtag #VogueBookClub.
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