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Palavra da Vogue 23. 11. 2021

#VogueBookClub | Jóquei, de Matilde Campilho

by Rui Matos

 

A poesia de Matilde Campilho é construída através daquilo que observa, resultando em reflexões descomprometidas sobre aquilo que leu, ouviu e, acima de tudo, viveu.

“Hoje se eu pudesse
eu voltava à cidade
Só para beijar
a cidade na boca.”

O Jóquei de Matilde Campilho é um daqueles livros que não pertencem a um determinado período das nossas vidas, é sim uma coletânea de poemas (ou histórias, se preferimos assim chamar) que nos acompanham no decorrer das nossas vivências. Apesar de ser uma poesia fácil, não há pressa para a terminar de uma só vez. Queremos saborear cada palavra, cada verso, cada história. Nesta sua estreia literária há um certo hibridismo linguístico, cultural e poético, uma vez que durante o período de escrita deste livro Campilho estava a viver no Rio de Janeiro.

Matilde Campilho tem uma vivência muito particular com as cidades e com os lugares e é através dessas vivências que a sua poesia é construída - sejam eles reais ou imaginários. O resultado? Uma poetisa que não é rígida, que não se prende a formatos ou formas preconcebidas.

“Aprenderei a amar as casas
quando entender que as casas
são feitas de gente
que foi feita por gente
e que contém em si a possibilidade
de fazer gente.”

Este foi o primeiro livro que Matilde Campilho publicou e logo se percebeu a sua maturidade na escrita. Campilho trata as palavras por tu, sente-se à vontade com elas e tem muita vontade de escrever. A receção da crítica foi abismal e o público depressa se rendeu às suas palavras - que arrisco dizer que são como as cerejas, vêm umas atrás das outras. 

Pontuação:

 

 

Se já leu Jóquei, de Matilde Campilho, qual é a sua pontuação?

O Vogue Book Club é uma rubrica semanal, neste espaço um membro da equipa Vogue Portugal propõe-se a refletir, ou apenas comentar, um livro - seja uma novidade literária ou um clássico arrebatador. Pode participar nesta discussão através da hashtag #VogueBookClub.

 

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