Schiaparelli: Alta-Costura, primavera/verão 2022
London Fashion Week: as 10 coleções que nos conquistaram
Coleções 18. 2. 2022
O fashion month está entre nós. A primeira paragem está feita. Nova Iorque deu-nos tudo aquilo que estamos a precisar: glamour, bom gosto e momentos memoráveis. Aqui, elegemos as 10 coleções que conquistaram o nosso coração.
Assim como o resto do mundo, Michael Kors está determinado a deixar a pandemia de lado. A proposta é criar bons momentos para o próprio e para os seus clientes. O loungewear está arrumado, de vez e por muitos anos, no fundo do nosso guarda-roupa. Agora tudo aquilo que queremos vestir é o glamour. “Para este desfile, queria dar à excitação e energia de uma noite uma cidade - porque penso que neste momento, onde quer que estejam, esse é o nosso desejo. E a roupa é tudo aquilo que precisamos para elevar o nosso espírito e fazer uma grande entrada,” afirmou o designer sobre a sua coleção para o outono/inverno de 2022.
Os destaques: color block monocromático, o glamour pós-pandemia, silhuetas justas e reveladoras.
“As minhas coleções por vezes começam com um sentimento, para o outono/inverno, esse sentimento foi o amor,” disse Stuart Vevers, diretor criativo. Nesta coleção o designer revistou aquilo que ele e os clientes da marca mais gostam do arquivo Coach. O outerwear assumiu o papel de principal. O shearling levou a estatueta dourada de supporting role nesta coleção - as peças apresentadas foram todas reaproveitadas levando assim a mensagem da sustentabilidade para o palco. As conjugações improváveis e os graffiti completaram esta coleção que é um conjunto de diversas coleções-cápsula.
Os destaques: as dimensões exageradas do outerwear, as conjugações improváveis, os vestidos baby doll, os graffiti.
Desde que o minimalismo dos anos 90 regressou às passerelles, estação sim, estação também que os blazers oversize, os jeans e o preto têm preenchido o nosso guarda-roupa. Estamos prontos para uma nova fase, mas com isto não queremos dizer que vamos transitar para o maximalismo. Os power suit continuam a ser o uniforme, mas vamos introduzir vestidos reveladores, saias até aos pés, drapeados e transparências. Um lado que a Khaite não tinha mostrado até à data, mas que, certamente, vai definir a forma do nosso guarda-roupa na próxima estação.
Os destaques: silhuetas oversized, o glamour gótico, blazers, jeans, preto.
“Queria que a coleção evocasse não só o espírito intrépido e aventureiro dos marinheiros e viajantes do mundo, mas também o mistério e a escuridão das profundezas dos oceanos, povoados de sereias e criaturas mitológicas”, foi desta maneira que Joseph Altuzarra descreveu esta coleção. Dito e feito. Gigi Hadid surgiu com um vestido inspirado pelas sereias repleto de brilhos, fazendo deste um dos vestidos mais celebrados nas redes sociais.
Os destaques: lantejoulas com dimensões exageradas, padrões gráficos, tons quentes.
Primeiro conquistou-nos com as suas carteiras, ninguém falava de outra coisa, ninguém queria outra carteira se não uma com a insígnia Gabriela Hearst. Agora, é a linha de pronto-a-vestir que nos faz querer apostar nestes clássicos contemporâneos e super cool. À componente sustentável, pela qual se rege a marca de Hearst desde o início, a fluidez de género é a estrela deste outono/inverno de 2022. E para percebermos melhor aquilo a que se propôs, nas notas de desfile Hearst citou Emanuele Lugli, que leciona história de arte na Universidade de Stanford: "Actualmente, os rótulos sexuais e de género já não são vistos como naturais, e as suas políticas foram rejeitadas. Os jovens exploram especialmente a androginia para acederem ao poder vital e à veracidade a que a androginia pode ter acesso. Eles redescobrem culturas e vozes para as quais a androginia não era apenas uma característica do passado, mas tem sido, e ainda é, encarnada no quotidiano... A moda é assim redescoberta como um campo de investigação privilegiado precisamente porque frequentemente é a própria prática que reitera os binários sexuais e de género”.
Os destaques: os clássicos mais cool da estação; roupa para o quotidiano, alfaiataria, o amarelo.
Já não se escrevem cartas de amor. Pelo menos não ao estilo daquelas que os nossos avós guardavam, religiosamente, numa gaveta. Hoje, essas cartas ganham forma através de músicas, filmes e coleções. Tory Burch escreveu a sua carta de amor a Manhattan através de uma coleção com uma grande variedade de silhuetas, formas e cores, evocando o espírito do vestuário desportivo que tão bem caracteriza a Moda norte-americana.
Os destaques: camadas e mais camadas; uma paleta de cores diversificada, eveningwear que respira sensualidade.
Para todos aqueles que dizem que o glamour já não é o que era, dizemos apenas que não estão a prestar atenção ao trabalho de Wes Gordon na Carolina Herrera. O designer é mestre na arte de interpretar as silhuetas clássicas da fundadora da etiqueta através de uma perspetiva ultra-contemporânea. As peças que cria são transversais às gerações, agradando os já habituais clientes e captando a atenção do público mais jovem.
Os destaques: o glamour intemporal, as cores fortes, as silhuetas volumosas, as flores fauvistas.
Estamos prontos para o regresso magistral e triunfante da Moda. Deixemos de parte o loungewear e vamos abraçar as propostas incrivelmente bem construídas que a dupla Lazaro Hernandez e Jack McCollough nos apresentou em Nova Iorque. A alfaiataria e as silhuetas rígidas tomaram conta da cena e mostram-nos como é que o workwear pode ser elevado.
Os destaques: a alfaiataria, as silhuetas, as proporções.
É um dos favoritos do calendário de Moda norte-americano, as suas passerelles são sempre compostas pelos nomes mais quentes da estação e a front row idem aspas aspas. Brandon Maxwell é uma recorrente go to choice para os eventos, mas com o outono/inverno de 2022, passa a ser uma go to choice para os coordenados do quotidiano. Os vestidos de noite ganharam grandes camisolas em malha e os jeans foram uma estreia.
Os destaques: os vestidos de noite, os jeans, o knitwear.
O misterioso designer e discípulo de Phoebe Philo construiu o seu nome através de uma abordagem contemporânea ao tailoring e à desconstrução das peças de sempre. Fê-lo sempre de uma forma muito coerente e na segunda aparição do criador na Semana de Moda de Nova Iorque, o ethos está melhor que nunca e o desejo por uma peça com assinatura Peter Do continua a crescer.
Os destaques: a desconstrução, o tailoring, os grandes casacos.