Afinal, porque é que as marcas desaparecem das redes sociais?
Design português de origem protegida
Notícias 9. 8. 2021
Ainda são muito poucas as marcas de Moda com linhas pensadas para pessoas com incapacidades físicas.
“Moda inclusiva” é uma das expressões atualmente mais utilizadas pela indústria. Nas publicidades, vemos representadas pessoas de todas as etnias e faixas etárias. Nas lojas, cresce o número de coleções plus size e sem género. Estará a Moda a chegar a uma era verdadeiramente inclusiva? Para a comunidade de pessoas com deficiência, ainda há muito por onde melhorar. De acordo um artigo publicado pela Vogue Business, em 2019, o mercado de roupa adaptada representa uma oportunidade de 400 mil milhões de dólares para a indústria. Uma oportunidade, em grande parte, perdida, pois contam-se pelos dedos as marcas que possuem coleções pensadas para as diversas incapacidades físicas e mentais com as quais cerca de 15% da população mundial se depara.
Mas se existe uma gap de mercado, porque é que as marcas não se focam na produção de roupa adaptada? Ao contrário do que se pode pensar, a verdadeira dificuldade não está no custo associado. De acordo com uma estimativa realizada pela Vogue Business, o processo de manufatura de uma gama de peças adequadas a pessoas com deficiência custará aproximadamente o mesmo que estender o número de tamanhos presentes numa coleção. Todavia, no mercado da roupa adaptada, existe a necessidade acrescida de ter em conta determinados critérios médicos no design e produção das peças. E essa é a verdadeira dificuldade para a maioria das empresas.
Para além disso, é igualmente essencial relembrar a importância da representatividade corporativa. Apesar de existirem muitos consumidores para o mercado de roupa adaptada, a esmagadora maioria não tem um papel ativo na indústria da Moda. Claro está que não haverá ninguém melhor para pensar a criação de roupa adaptada do que uma pessoa que a utilize numa base regular, daí ser essencial garantir a verdadeira inclusão, uma que transcenda a existência das próprias peças.
Problemas levantados, abordamos agora as soluções. Até porque já existem marcas de renome exclusivamente dedicadas à produção de roupa adaptada ou, pelo menos, com linhas que respondam a essa procura.
A Vogue reuniu algumas das opções que podem ser encontradas em Portugal.
Criada em 2016 com o intuito de responder às necessidades específicas de faixas etárias mais elevadas, Tommy Adaptive é a linha de Moda adaptada da Tommy Hilfiger. Esta linha promete garantir funcionalidade sem descurar o estilo ou a qualidade das peças.
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A coleção FlyEase da Nike pretende criar footwear que pode ser calçado ou descalçado sem usar as mãos. Entre sapatilhas e slip ons para homem, mulher e criança, são várias as opções presentes nesta linha adaptada.
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Slick Chicks é uma marca de roupa interior que pretende dar a pessoas com incapacidades físicas a possibilidade de se vestirem sozinhas. Conhecida pelas cuecas de fecho lateral, a empresa conta agora também com soutiens de diversas aberturas.
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Foi por não encontrar peças que se adequavam à sua deficiência física que Victoria Jenkins decidiu criar a própria marca. Unhidden Clothing conta com uma coleção-cápsula de roupa adaptada tanto para o género feminino como para o masculino.
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A Moda adaptada passa também pelo swimwear e é isso que esta marca vem comprovar. Nascida na Central Saint Martins com o intuito de ajudar cada mulher a aceitar o seu corpo, Miga Swimwear vem associar a estética à funcionalidade.
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