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Miley Cyrus reflete sobre fama, Moda e família numa entrevista exclusiva

07 Jun 2021
By Hattie Collins

A pop star premiada fala sobre a sua madrinha, Dolly Parton, sobre o porquê de quer colaborar com Billie Eilish e como é que as redes sociais podem incitar discussões importantes.

A pop star premiada fala sobre a sua madrinha, Dolly Parton, sobre o porquê de quer colaborar com Billie Eilish e como é que as redes sociais podem incitar discussões importantes.

© Vijat Mohindra
© Vijat Mohindra

Se há um artista que realmente nos ajudou durante a pandemia foi Miley Ray Cyrus. Ao longo dos primeiros meses de 2020, a cantora, compositora, ativista e filantropa manteve-nos entretidos e esclarecidos com a série de Instagram Lives vencedora de um Webby, Bright Minded, que contou com a presença de Selena Gomez, Hailey Bieber, a drag queen Trixie Mattel, o youtuber Rickey Thompson e outros.

Ao longo da sua carreira, a jovem de 28 anos manteve a capacidade de entreter – graças a hits como Wrecking Ball e, mais recentemente, Midnight Sky – e educar, através da sua associação sem fins lucrativos Happy Hippie Foundation, que incentiva jovens a lutar contra a injustiça vivida pelos sem-abrigo, pela comunidade LGBTQIA+ e outros grupos vulneráveis.

No próximo dia 10 de junho, Cyrus vai unir forças com a marca de gelados Magnum para um concerto virtual, transmitido com som 8D. A performance ao vivo Miley x Magnum vai-nos permitir assistir à interpretação dos seus singles de maior sucesso do álbum Plastic Hearts (que inclui duetos com Dua Lipa e Billy Idol), bem como um cover exclusivo do clássico de 1986, Midas Touch, dos Midnight Star – com um toque especial de Miley.

Numa entrevista exclusiva com a Vogue, Miley Cyrus reflete acerca da fama, Moda e família.

Criou a série Bright Minded, de que sou uma grande fã, durante o confinamento. Como vê essa experiência agora?

Bright Minded foi uma forma de encorajar as pessoas a aproveitar este período para refletir, ficar dentro de casa e explorar-nos a nós mesmos. Não tínhamos muitas experiências externas durante essa fase. Portanto, podíamos todos pensar sobre nós próprios, nas nossas várias camadas, e mergulhar de cabeça em questões para as quais não tínhamos muito tempo antes.

Há muita discussão acerca do impacto das redes sociais. Bright Minded foi um ótimo exemplo de como as podemos usar de forma positiva. Como é que ultrapassou os aspetos mais negativos?

As redes sociais são uma ferramenta importante para nos relacionarmos e iniciar discussões interessantes. Dão uma voz às pessoas. São uma forma de refletir acerca de quem somos numa página online, de dizer alguma coisa sobre nós próprios, de contar uma história e de nos relacionarmos com pessoas semelhantes a nós.

De que forma é que Dolly Parton, a fantástica madrinha e a lenda do country, a inspira?

De tantas formas... A Dolly inspirou-me a expressar-me e a celebrar todas as camadas e versões de mim própria. Ela tem tido uma carreira tão constante, mas também com uma evolução incrível. Portanto, tem havido consistência, mas também crescimento. E quer seja sobre ela enquanto atriz, música, ativista, ou a sua auto-depreciação e a relação com a sua identidade, acho que ela é muito complexa.

O que é que a Dolly achou do cover da música dela Light Of A Clear Blue Morning, no Saturday Night Live?

Ela adorou! Mandou-me um fax a dizer que se sentia muito honrada que eu a tivesse dedicado a ela, a minha madrinha, no dia da mãe.

O próximo cover vai ser da música Midas Touch, dos Midnight Star, no concerto virtual. Como é que soa em 8D e porque é que escolheu este single?

Escolhi-o porque era capaz de o customizar com o toque Miley. E o 8D é tão imersivo. Estou muito entusiasmada para que os meus fãs ouçam porque é como se estivessem mesmo lá comigo e com a minha banda, numa experiência super íntima. Eles vão ter a sensação do som em camadas por causa do 8D.

© Vijat Mohindra
© Vijat Mohindra

Como é que diria que o estilo da Miley esrtá a evoluir?

A Moda é, para mim, uma maneira de te virares do avesso. É como usar o nosso coração, as nossas entranhas, os nossos valores, a nossa identidade, a nossa dor, a nossa alegria. Há alguma coisa de infantil [nisso]. Sentimo-nos destemidos quando nos vestimos quando somos crianças. Não pensamos sobre o que é que as pessoas vão dizer ou como vão julgar. É só sobre a expressão de como nos sentimos naquele dia. Há alguma coragem. E quando me visto, tento pensar como a minha criança interior, e ser genuína e autêntica no que uso.

As pessoas têm muitas camadas. Que partes manteve em privado e porquê?

Bem, se respondesse a essa pergunta não estaria a guardá-las do público! Mas eu tenho uma relação muito íntima e próxima com a minha família. Mas, como todas as famílias, também somos complexos, mas aceitamos o facto de que somos todos tão diferentes uns dos outros. Eu e os meus irmãos somos muito parecidos, mas também temos grandes diferenças. E nós só aceitamos isso e não nos julgamos uns aos outros. A nossa família tem o amor incondicional como prioridade.

Recentemente dedicou um post ao quarto aniversário de Malibu, a música mais aberta e vulnerável do seu repertório. Como é que a música a ajudou a dar sentido à vida, ao amor, à perda, à alegria, à dor e a tudo o que surge no meio disso?

Eu acredito que o sofrimento é diferente para todos nós. Todos experienciamos dor nas nossas vidas, e perdas e tristezas, mas também alegria e amor e felicidade. Essa música é agridoce porque é uma reflexão de um período que foi cheio de muito amor, mas significa algo tão diferente do que quando a escrevi. A música é complexa porque está cheia de uma variedade de diferentes sentimentos.

Plastic Hearts tocou no glam e nos hinos pop de 1980, quando antes estava investida no hip-hop, rock e, claro, country. O que é que está a ouvir neste momento, e como é que podemos ver isso refletivo no próximo álbum?

Sempre adorei música, desde que nasci, mas nunca foi um género específico. Eu ouvia alguma coisa, adorava e achava algo com que me relacionava em tudo, quer seja country, blues, jazz ou pop, eu revia-me na música.

Já trabalhou com tantas estrelas – Joan Jett, Dolly, Stevie Nicks, Elton John, RuPaul – bem como Dua Lipa, Mark Ronson, Ariana Grande e Britney Spears. Há alguém com quem te falte colaborar?

Há sempre novos artistas que são super interessantes. Adoro a Billie Eilish. Acho que ela é tão fixe. Adoro-a e à mensagem dela. Adoraria trabalhar com ela.

Rock ou pop? Tem de escolher uma.

Depende do meu mood. Em alguns dias, a escolha mais difícil que tenho de fazer é entre Britney [Spears] ou Courtney [Love]. Estas são mais ou menos as minhas grandes decisões, os meus grandes dilemas.

Que conselhos darias à Miley Cyrus daqui a 10 anos?

Para me manter atualizada, continuar a minha educação, nunca parar de aprender, continuar a evoluir e estar consciente da evolução à minha volta também. Portanto, acompanhar a próxima geração, ver o que eles estão a fazer, no que estão interessados. Ainda estamos a honrar tudo o que se passou, mas o que acontece se não fizermos isso? Tornamo-nos no Billy Ray Cyrus [o pai], que não tem wifi (risos).

Qual é um conselho de que nunca se vai esquecer?

Foi do meu pai: “Uma altura difícil não é altura de desistir”.

Miley Cyrus aliou-se à marca de gelados Magnum para inspirar o mundo a #ShowYourLayers e a ser genuíno. No canal de Youtube, no próximo dia 10 de junho às 19h30 horas, Miley vai dar um concerto exclusivo em som 8D.

Hattie Collins By Hattie Collins

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