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O bê-á-bá do LGBTQIA+

05 Jun 2020
By Mathilde Misciagna

Perdeu-se no meio de tantas letras? Neste mês do orgulho, a Vogue apresenta-lhe um glossário dos principais termos utilizados no seio da comunidade LGBTQIA+. Porque como diz a populaça, a asneira é faladora e é sempre melhor evitá-la.

Perdeu-se no meio de tantas letras? Neste mês do Orgulho, a Vogue apresenta-lhe um glossário dos principais termos utilizados no seio da comunidade LGBTQIA+. Porque como diz a populaça, a asneira é faladora e é sempre melhor evitá-la.

São Paulo, 2016 ©Getty Images
São Paulo, 2016 ©Getty Images

Junho é o mês escolhido para celebrar o orgulho, mês em que tiveram lugar os protestos de Stonewall, que mudaram os direitos de muitas pessoas na América do Norte e não só. É sobre o mundo unir-se em prol do amor, sobre festejar tudo o que já foi alcançado pela comunidade LGBTQIA+ e sobre compreender que ainda há um longo caminho de luta pela frente. O mês do Orgulho é também sobre ensinar tolerância e educar para que se possa evoluir. A ignorância é inimiga da justiça e da igualdade. A ignorância perpetua a discriminação e permite a institucionalização e manutenção da opressão.

Este mês especialmente, mas também em todos os outros, é sobre orgulharmo-nos de quem somos independentemente de quem amamos. E as letras que às vezes nos confundem representam uma evolução na inclusão – uma expansão da língua usada para representar um grupo de pessoas que muitas vezes era chamada apenas de “comunidade gay”, o que é bastante redutor. Os tempos mudaram e as atitudes, felizmente, também. Isto significa que a sigla usada para discutir a orientação sexual e a identidade de género do ser humano mudou. 

À conhecida sigla LGBT foi acrescentada a letra Q, que muitos insistem indicar o questionamento e representar as pessoas que não têm a certeza da sua orientação sexual e identidades de género. Outros declaram que Q é para Queer – um termo que abrange diversas preferências sexuais, orientações e hábitos, usado para reconhecer uma orientação não-heterossexual sem ter que definir por quem é que as pessoas se sentem atraídas. Depois foi acrescentada a letra I para Intersex, um termo para alguém nascido com características sexuais biológicas que não são tradicionalmente associadas a corpos masculinos ou femininos. A intersexualidade não se refere à orientação sexual ou identidade de género. Por fim, a letra A para assexual – alguém que sente pouca ou nenhuma atração sexual. Já o símbolo de + (mais), que já não se limita a um significado puramente matemático, mas a uma denotação de tudo dentro do espetro de género e sexualidade que letras e palavras ainda não conseguem descrever.

©Getty Images
©Getty Images

Feita esta descodificação da sigla LGBTQIA+, há outros termos que é importante conhecer o significado:

Gay e lésbica: É importante começar pelos básicos que estão até incluídos na sigla. À medida que a palavra homossexual começou a ter uma conotação negativa, gay começou a ser o termo mainstream usado para nos referirmos a pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo género. Gradualmente, gay e lésbica são termos que se popularizaram como forma de destacar os problemas semelhantes, ainda que separados, enfrentados pelas mulheres na luta pela tolerância.

Bissexual: Alguém que se sente atraído por pessoas de seu género ou outras identidades de género. Não é uma estação de passagem de hétero para gay, como já havia sido erradamente descrito. 

Pansexual: Alguém que se sente atraído por pessoas de todas as identidades de género. Ou alguém que se sente atraído pelas qualidades das pessoas, independentemente da sua identidade de género. O prefixo ‘Pan’ significa “todos”.

Cisgender: Alguém cuja identidade de género esteja de acordo com o seu sexo biológico.

Transgénero: Um termo abrangente para pessoas cuja identidade ou expressão de género difere do sexo biológico.

Transexual: O transexual é aquele que deseja alterar sua constituição biológica e fazer a mudança de sexo, sendo a cirurgia a única forma de se sentirem totalmente identificados e correspondidos na identidade de género a que sentem pertencer, mas que não lhes foi biologicamente atribuída.

Género inconformado: Alguém que expressa género fora das normas tradicionais associadas à masculinidade ou feminilidade. Nem todas as pessoas inconformadas com género são transgénero, e algumas pessoas transgénero expressam género de maneira convencionalmente masculina ou feminina.

Fluidez de género: Um termo usado por pessoas cuja identidade muda ou flutua. Podem-se identificar ou se expressar como mais masculinos em determinados dias ou situações e mais femininos em outros/as.

Género neutro: Alguém que prefere não ser descrito por um género específico.

Para terminar, o sexo representa a condição natural e biológica da diferença física entre homem e mulher. O género representa uma construção histórico-cultural. Há apenas dois sexos: o masculino e o feminino. O sexo é um facto empírico, real e objetivo que se nos impõe desde o nascimento. A identidade de género constrói-se através de escolhas psicológicas individuais, expectativas sociais e hábitos culturais, e independentemente dos dados naturais. 

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