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Notícias 25. 2. 2022
Ativistas do país afirmam que uma possível ocupação poderá fazer retroceder uma década de progressos.
À medida que as forças militares russas continuam a bombardear e invadir cidades estratégicas na Ucrânia, os seus habitantes da comunidade LGBTQ+ estão a expressar os seus medos quanto ao que poderá acontecer caso o país seja ocupado, citando vastas diferenças no campo da aceitação social.
“Temos uma história de 10 anos de manifestações Pride, e, como se sabe, na Rússia, a situação é o oposto,” disse Edward Reese, membro da organização LGBTQ+ Kyiv Pride, à CBS News na quinta-feira, durante a invasão. “Estamos em caminhos completamente diferentes.”
A própria história da Ucrânia quanto aos direitos LGBTQ+ é pautada por inconsistências. A aceitação social tem crescido bastante na última década, mas as leis não-discriminatórias e o reconhecimento legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo são ainda inexistentes. No entanto, os ativistas dizem que a completa hostilidade e aberta violência estatal contra as pessoas da comunidade LGBTQ+ sobre a alçada do direito russo seria um enorme retrocedimento.
“Nós vemos mudanças na mentalidade das pessoas quanto aos direitos humanos, LGBTQ, feminismo, e por aí fora,” explicou Reese à CBS News, aplaudindo o progresso recente na Ucrânia. “Por isso não queremos definitivamente estar associados à Rússia… E não os queremos cá.”
Na quarta-feira, o antigo embaixador dos Estados Unidos Daniel Baer apresentou uma avaliação semelhante quanto a essa disparidade, em declarações diretas ao Washington Blade, evidenciando que “tivemos passos significativos em frente, e certamente, em termos de visibilidade” para os ucranianos LGBTQ+.
“Se fores gay, e se a Rússia vier ocupar ou controlar a Ucrânia, podemos esperar que as coisas se tornem muito piores porque se irá parecer mais à Rússia,” disse Baer.
Tanto embaixadores atuais como membros dos serviços de inteligência acreditam que tais declarações não são injustificadas. Uma carta recente do embaixador norte-americano Bathsheba Nell Crocker às Nações Unidas veio avisar que “uma maior invasão russa na Ucrânia poderá criar uma catástrofe de direitos humanos.” Crocker continuou, afirmando que há “informação credível” que sugere que “as forças russas estão a criar listas de identificação de ucranianos para serem mortos ou enviados para campos após uma ocupação militar.” (As autoridades russas já negaram a existência de tais listas.)
Contudo, nesta fase inicial, nem todos os ucranianos LGBTQ+ acreditam que a ocupação seja inevitável. A organização Kyiv Pride deixou uma nota desafiante no Twitter na noite de quarta-feira, pedindo “a todos os apoiantes por todo o mundo” para falarem “contra a guerra na Ucrânia.” Em mensagens que se seguiram, escritas em Ucraniano, afirmaram que o presidente Vladimir Putin “irá partir os seus dentes a tentar morder-nos” e que prometeu “nunca desistir.”
To all our supporters in the world: Call on your governments to stand up and to take action against the war in Ukraine! We need to stop it now, we need to show how powerful we are all together, and Putin will stand no chance!
— KyivPride (@KyivPride) February 24, 2022
No começo desta semana, durante uma entrevista telefónica com a Blade, o ativista ucraniano de direitos LGBTQ+ Taras Karasiichuk argumentou que não existe “medo” entre a comunidade queer ucraniana e condenou qualquer interferência do Oeste no conflito Rússia-Ucrânia, com outros ativistas a caracterizar qualquer intervenção norte-americana como “uma guerra do Biden.”
Ainda que a retórica de muitos ucranianos tenha sido de união nacional e camaradagem, há também uma subcorrente de ansiedade, já que ninguém consegue prever qual será o próximo passo da Rússia e como os atuais ataques militares se irão desenvolver.
Artigo originalmente publciado na them.
Notícias 24. 2. 2022
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