Ou Karl. Simplesmente “Karl”, era o que poderia ter sido o título deste editorial, porque o sobrenome Lagerfeld (1933-2019) pode ter ressonância, mas é sempre apenas um extra para um nome próprio que tem tanto impacto na sua sonoridade como o designer teve na indústria da Moda.
Com uma estética inconfundível e linhas de assinatura que escreveram narrativas para a marca homónima, para a Chanel e para a Fendi, na reta final da sua vida, o desaparecimento do homem não significou o desaparecimento da obra. Pelo contrário: o seu traço perdura, bem como o seu inconfundível estilo pessoal, com os seus óculos, o colarinho estruturado, o binómio preto e branco. É por isso que as páginas que se seguem também poderiam simplesmente não ter título, porque as silhuetas denunciam o artista por detrás da homenagem. A reputação precede-o, mesmo postumamente. “Sempre soube que estava destinado a isto, que seria uma espécie de lenda”, disse. E é assim que Karl Lagerfeld vive eternamente no seu legado.
Editorial realizado em exclusivo para a Vogue Portugal.
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