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Conversámos com Cindy Bruna e ainda lhe pedimos um lip sync

31 May 2019
By Sara Andrade

Diana Ross a cantar Upside Down para a Vogue? Previsível. Face ao tema da revista de junho, Upside Down, preferimos colocar a nossa diva de serviço dessa edição, Miss Cindy Bruna, a interpretar o tema.

Diana Ross a cantar Upside Down para a Vogue? Previsível. Face ao tema da revista de junho, "Upside Down", preferimos colocar a nossa diva de serviço dessa edição, Miss Cindy Bruna, a interpretar o tema.

O que significa o nome Diana Ross, para si? É a rainha da Disco Pop! Uma criadora de êxitos e uma estrela intemporal. Quer dizer, há alguém que não a conheça? Ela é Supreme. 

Alguma vez teve oportunidade de conhecê-la? Quem me dera. Conheci a filha, Tracee, uma vez, e posso dizer que reflete a personalidade cintilante da mãe. É um raio de sol e uma pessoa super doce.

Há alguma celebridade que tenha conhecido que a deixou sem palavras? Desfilei recentemente para a Tommy Hilfiger e conheci a Grace Jones. Até tirei uma fotografia com ela. Sou uma fã acérrima, ela é uma artista astronómica e um ícone de Moda. Menção especial pela sua versão do La Vie en Rose, que tenho na minha playlist do iPhone.

Há alguma música de Diana Ross que seja particularmente especial para si, além de, claro, Upside Down, que tão bem interpretou exclusivamente para a Vogue Portugal (e essa voz, hein?!)? Sou obcecada pelo Your Heart Belongs to Me. É um tema muito romanotico que fala sobre dois apaixonados: a mulher aguarda o regresso do noivo, que faz parte da Força Aérea e está longe dela. Ela canta para ele para que ele se lembre dela quando se sentir sozinho. Um clássico, mas inesquecível.

E karaoke, é algo que gosta de fazer? Ou tudo o que é cantoria, só no chuveiro? Eu AMO cantar! Normalmente canto no chuveiro, confesso. Às vezes, no aeroporto, quando estou de auriculares nos ouvidos e adoro as canções que estão a tocar, começo a cantar um pouco mais alto do que se esperaria. Pode parecer mal para quem está de fora, mas estou a viver as músicas de tal forma que nem me importo com a figura que estou a fazer. 

O tema desta edição é Upside Down, que metaforicamente passa pela ideia de veres a vida virada do avesso ou quando tudo muda num minuto. Que momentos na sua vida viraram o seu mundo ao contrário - para melhor e/ou para pior? Eu tive diversos momentos de viragem na minha carreira, deusa forma positiva. O primeiro foi sem d/vida assinar exclusividade com a Calvin Klein. Mudou a minha vida, foi o início da minha carreira internacional.

Há alguma expressão em francês próxima desta ideia do Upside Down? Em português, temos algo como “virar do avesso”… Tu me fais tourner la tête - ou seja, fazes a minha cabeça andar à roda.

Cindy Bruna © Xiangyu Liu
Cindy Bruna © Xiangyu Liu

Se tivesse de deixar de ser modelo, neste momento, o que consideraria a sua maior conquista ao longo da sua carreira? E o que é que sente que gostaria de ter feito, mas não fez? Acho que se a minha carreira acabasse agora, orgulhar-me-ia de ter ido tão longe na profissão. Sou grata por tantas coisas: as pessoas que conheci, a possibilidade de descobrir países e culturas diferentes, o carinho que recebi de pessoas que inspirei e também agradecida por ter sido inspirada por tanta gente. Acredito piamente que o meu trabalho é mais uma experiência de vida do que um emprego. Em retrospetiva, apercebo-me que é uma verdadeira sorte, na minha idade, ter a oportunidade de viver momentos tão fortes como os que vivo todos os dias. É também excitante que cada dia seja diferente e cheio de surpresas. Eu cresci com este trabalho. Deixei a minha casa no sul de França para viver em Paris e depois Nova Iorque, para trabalhar em algo que amo - por si só, é já um feito de vida.

Numa entrevista à Vogue Portugal, em 2016, disse que s não fosse modelo, talvez fosse contabilista, porque é boa com números. Talvez esse cenário já esteja fora de questão, quem sabe, mas é uma daquelas amigas que ajuda toda a gente a preencher o IRS ou ajuda com as contas e afins? [risos] Não sou essa amiga, porque o IRS é o IRS e é muito pessoal, faço para as minhas contas, apenas. Ser boa a Matemática ajuda-te em muitas coisas, é uma maneira de pensar, ser coerente e lógica. Seja qual for a situação, analisas o problema e descobres a melhor maneira de selecioná-lo. É assim. que a vida funciona. 

Nessa mesma entrevista, a propósito de fazer parte do elenco do filme de Luz Besson, Valerian and the City of a Thousand Planets, disse que ser atriz era algo nos seus planos para o futuro. Como está a correr esse projeto? E ainda faz parte dos seus objetivos? Eu tenho muitos objetivos, por isso, porque não? Não me limito e acho que ninguém devia fazê-lo. Estou sempre em busca de novas aventuras.

Se pudesse mudar uma coisa no mundo, algo que ache que está virado do avesso e que temos mesmo que mudar, o que seria? Há muita coisa que precisa de mudar, mas uma que me toca particularmente: a violência contra as mulheres, nomeadamente a violência doméstica. Hoje em dia, se há algo que não devia acontecer, é uma mulher morrer às mãos do seu parceiro ou ex-parceiro. É uma questão mundial, mas faço parte de uma instituição de solidariedade em França chamada Solidarité Femmes, que apoio incondicionalmente. Em França, uma mulher é morta a cada três dias pelo seu parceiro ou ex-parceiro. Os números continuam a aumentar porque a desigualdade entre homens e mulheres ainda é uma realidade. É um tópico que não é debatido o suficiente.

Realização: Xiangyu Liu

Veja o editorial de Moda completo na Vogue Portugal de junho 2019, nas bancas.

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