Entre o rigor de um fato e a delicadeza do tweed, entre o masculino e o feminino, entre o preto e o branco, assim foi a primavera/verão de Virginie Viard para a Chanel num desfile que nos levou até à infância da fundadora.
Entre o rigor de um fato e a delicadeza do tweed, entre o masculino e o feminino, entre o preto e o branco, assim foi a primavera/verão de Virginie Viard para a Chanel num desfile que nos levou até à infância da fundadora.
© ImaxTree
Após a morte da mãe, em 1895, Gabrielle Chanel e a sua irmã foram viver para um orfanato em Corrèze, no sudoeste de França. Os seis anos que lá passou foram determinantes para o seu futuro e para a sua criatividade. A austeridade que por lá se vivia acabou por se traduzir nas linhas puras da sua silhueta revolucionária, os vitrais do século XII deram origem ao C entrelaçado enquanto que o sino da Abadia se transformou na tampa octogonal do icónico Nº5.
Todas estas referências ganharam vida no Grand Palais, onde foi erguido um jardim idêntico ao que existia nos claustros da Abadia de Aubazine. “O que gostei imediatamente naquele claustro foi o jardim nada tratado. Aquele lugar fez-me pensar no verão, e numa brisa que cheira a flores,” confessou Viard em comunicado de imprensa, depois de ter visitado este lugar.
Das golas colegiais aos collants brancos, dos ombros estruturados aos vestidos-uniforme, esta coleção é um regresso à aulas ultra-sofisticado. Já na paleta de cores, o preto e o branco fizeram-se acompanhar de tons pastel que deram a esta coleção uma leveza e frescura. “O que me interessou neste espaço foi o paradoxo entre a sofisticação da Alta-Costura e a simplicidade deste lugar,” conclui a diretora criativa.
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