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To be continued | Art imitates life

06 Mar 2020
By Vogue Portugal

Ou é a vida que imita a arte?

Ou é a vida que imita a arte?

O dilema é (sur)real. E, na impossibilidade de lhe conseguirmos dar resposta – é a eterna questão do ser ou não ser, não será? –, pedimos a uma seleção de entrevistados com grande competência em matéria artística que nos desse o seu insight sobre a interrogação.

© John Kobal Foundation /Getty Images
© John Kobal Foundation /Getty Images

"Acho que pode ser um pouco dos dois. Mas o que eu diria é que por vezes as histórias reais são mais ricas que a ficção. Por vezes, dizes algo que é uma verdade, e se o puseres num filme fica a parecer muito forçado, quase piroso. Eu diria que, muitas vezes, a vida é mais rica que a imaginação, mas ao mesmo tempo a imaginação em si é uma vida fantástica". - Christian Louboutin, designer de acessórios.

"É como a galinha e ovo. Não há resposta e quem quer que escolha uma das opções está errada. É um ciclo." - Sir David Adjaye, arquiteto.

"Para mim, é ambos. definitivamente, ambos. É um bonito feedback em loop. Eu adorei o que o Colin disse sobre o que aprendeu com o Colm, o modo como consegue combinar a sua vida e a sua arte e integrá-la de uma maneira holística. E ver alguém a fazê-lo, foi importante para ele. Acho que todos aspiramos a isso. É o melhor de tudo." - Crystal Pite, bailarina.

"Eu acho que é intrínsecamente o mesmo, um alimenta o outro, eu não usaria o termo imitar, acho que prefiro a ideia de ligação, de conexão intrínseca. Eu definitivamente sinto que a minha vida pessoal é uma fonte para a minha dança e que a dança é uma fonte para a minha vida pessoal, desde o dia 01. É definitivamente um pouco de ambos." - Khoudia Touré, bailarina.

"Acho que ambos e nenhum. Depende da perspectiva, com inteligencia consegues argumentar em prol de ambas as opções. Aceito que ambospossam ser verdade em diferentes situações. Na minha vida, tento arduamente ser flexível e aberto a novas ideias, acredito no poder da nuance e da mudança. Nada é para sempre. Acho que é muito feio quando alguém se fixa numa única ideia, passam a ser extremistas. O poder da mente e da arte e de tudo o resto é a ação transformadora, o poder de mudar a stuas ideias. As pessoas deviam mudar de ideias com maus frequência e experimentar coisas novas. Não usarias a mesma roupa todos os dias... ou comerias o mesmo prato todos os dias... Com as ideias e opiniões deveria ser a mesma coisa! Desculpa, estou a desviar-me... Talvez porque a arte é um desvio da vida e vice-versa." - Lola Dupré, artista. 

“Acho que não é uma imitação, acho que a Arte inspira a vida. Porque se a vida imita a arte, a vida é pobre. Porque a imitação é pobre. E vice-versa. E a Arte, para mim, é a fronteira da criação, portanto, quando é Arte, há uma proposta nova, há um novo espaço na humanidade que não existia, pode ser um ponto, quando nasce uma peça ou uma exposição artística, a humanidade expandiu-se - o universo expande-se com o Big Bang e a Humanidade expande-se com a criação artística. E quando a Humanidade se expande, a vida pode posicionar-se, mas posicionar-se à sua maneira. Criando uma relação com essa criação e não uma imitação, porque a imitação é pobre. poderá tentar imitar… mas não consegue imitar”. - Miguel Carvalho, autor do conceito Melides Art.

“Acho que ambos se aplicam. É um catch 22, um círculo que nunca acaba. A arte em geral, e todas as formas de criatividade, dependem do que entendemos como arte. A criatividade, a inovação, e a inovação criativa, continuam a empurrar as barreiras daquilo que entendemos como arte. Julgo que um dos motivos da arte é fazer-nos pensar mais além, alargar a nossa mente. E, portanto, penso que o podemos fazer com a Moda, definitivamente. Antigamente a arte era a atividade que mais fazia isso, mas hoje podemos dizer que a Moda também inspira muita criatividade. Por essa razão penso que a arte influencia a vida e que esta, também, influencia a arte. A arte, em todas as suas formas, existe para elevar o debate, para fazer perguntas, para fazer-nos pensar mais além.” - Alexandre de Betak, set designer.

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