ABZORB 2010: uma perspetiva contemporânea sobre o legado New Balance

Entre MP3s, ténis robustos e brilhos metálicos que inspiram um regresso ao futuro, nasceu uma estética que hoje volta a correr nas passadeiras e nas ruas. É desse revival que surgem os ABZORB 2010, a mais recente reinterpretação da New Balance sobre o que significa correr com estilo.

O modelo respira o legado da linha Classic Running da marca de desporto, e é uma carta de amor à engenharia e à nostalgia. É uma peça que não só se calça: revela-se. Os ABZORB 2010 não são apenas um par de sapatos, são um símbolo de como a Moda encontrou, no passado, um novo fôlego para o futuro. E é neste regresso à era dourada das corridas, que a New Balance trata o tempo: nunca como um ponto fixo, mas como um circuito contínuo onde passado e futuro se cruzam.

A sua silhueta volumosa marca o regresso de linhas gráficas e de detalhes técnicos que marcaram uma era, desta vez, sob uma lente contemporânea: mais leve, mais clean e mais inteligente. A midsole ABZORB — agora expandida, semi-translúcida e irresistivelmente futurista — transforma a inovação técnica em elemento de design. Por sua vez, a parte superior dos ténis é constituída por um tecido em diamond-knit mesh e reforçado com sobreposições de nubuck, o que evoca uma herança atlética que transcende o desporto. 

Já a sola articulada, desenhada com ferramentas 3D, capta curvas impossíveis de produzir à mão. O resultado é uma peça que parece viva, feita de movimento e precisão. Além disso, cápsulas de gel ABZORB SBS flutuam sob o calcanhar, transformando o conforto técnico num gesto estético. Com inspiração nos modelos 2000, 2002R, 1906R e 860V2, a sola transforma-se de um detalhe distintivo num verdadeiro ponto visual.

Num equilíbrio quase perfeito entre o passado e o futuro, os ABZORB 2010 surgem com uma nova abordagem ao legado da New Balance: mais emotiva e tangível. O sapato é familiar, quase reconfortante, mas guarda uma energia futurista pronta para se revelar a cada passo. Acima de tudo, é uma recordação de que o bom design, tal como a boa memória, resiste ao tempo — e, por vezes, até corre à frente dele.