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Notícias 25. 1. 2019
O horário nobre da RTP1 tem uma nova série de ficção nacional. Chama-se Teorias da Conspiração, conta com nomes como Carla Maciel, Rúben Gomes e Gonçalo Waddington, e explora as relações de poder (inevitáveis) entre política, banca e jornalismo.
Carla Maciel no papel de Maria Amado, jornalista de investigação, e Rúben Gomes no papel de José Madeira, inspetor da PJ ©Stopline
Depois do final da série 3 Mulheres, as 22h30 de sexta-feira da RTP1 vão continuar a ter uma protagonista feminina. Em Teorias da Conspiração, a nova série do canal público que se estreia hoje, Carla Maciel é Maria Amado, uma jornalista de investigação, que se dedica a expor as ligações entre o poder político e económico. E se a história lhe começa a parecer familiar, é porque ficção e realidade nacional andam quase lado a lado nesta trama, pensada originalmente por três jornalistas.
Do poder ao dinheiro, da investigação jornalística à investigação judiciária, das manobras políticas à corrupção, do crime à vingança, Teorias da Conspiração explora o modo como jornalistas, investigadores, polícias, políticos, assessores, banqueiros, empresários e advogados – os peões deste jogo sem fim -, se movem num tabuleiro de poder, influências e interesses.
Seguindo as tramas do banco ficcional dado pelo nome de Banco Português de Comércio, entre elas as irregularidades dos seus acionistas e as ligações ao primeiro-ministro português, interpretado pelo ator Pedro Carmo, a série de ficção acompanha ainda a história de Maria Amado (interpretada por Carla Maciel), jornalista do (também ficcional) jornal Actual, e da sua relação profissional e amorosa com José Madeira (a personagem de Rúben Gomes), um inspetor da PJ especialista em crimes financeiros.
A protagonista feminina de Teorias da Conspiração, uma mulher que se debate com um caso que teve com o Primeiro-Ministro há mais de vinte anos, e com um pai que se encontra preso por corrupção, promete ser a ponte de ligação entre o trabalho (tantas vezes envolto numa manta de perigo e ameaça) de investigação jornalística – cada vez mais urgente numa atualidade governada pela propagação das fake news -, e as teias intrínsecas dos interesses políticos, bem como o seu poder e influência.
A ação de Teorias da Conspiração continua com Pedro Soares Teixeira (interpretado por Gonçalo Waddington), um advogado influente que trabalha nas sombras do poder para iludir as investigações que decorrem, e Manuel Sousa Santos, interpretado por Rui Morrison, um Procurador do Ministério Público, já reformado, que denuncia detalhes suspeitos do BPC, bem como uma série de casos de corrupção e privilégios que permitem a impunidade do mesmo, através de um blogue anónimo.
Carla Maciel no papel de Maria Amado, e Rui Morrison no papel de Manuel Sousa Santos ©D.R.
A ideia surgiu em 2015, idealizada por três jornalistas. Aquilo que Paulo Pena, João Paulo Vieira e Ricardo Fonseca – antigos colegas de profissão -, ambicionavam fazer era algo inspirado em House of Cards e Borgen, duas produções televisivas internacionais que exploram as linhas e entrelinhas da trama política. O trabalho de pesquisa que se seguiu mostrou que os casos de Justiça mais relevante e tornados públicos até 2016 “tinham algo em comum: a questão da influência, de conhecer as pessoas certas nos lugares certos”, explicou Paulo Pena à Visão, “referindo-se também à promiscuidade de políticos que se envolvem em negócios e de empresários que se imiscuem no poder político”.
À equipa juntaram-se ainda o argumentista Artur Ribeiro e o realizador Manuel Pureza, numa produção de 18 episódios que ficou a cargo da Stopline, dirigida por Leonel Vieira, em coprodução com a B. Creative Media.
“Um dos elementos que hoje prendem muito a atenção dos espectadores é a relação da ficção com os elementos reais que afetam a vida das pessoas, que interessam a todas as pessoas”, explicou Leonel Vieira ao jornal Público. Apesar de Teorias da Conspiração ser “uma obra de ficção”, e de cada episódio explicitar que “qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência”, não será difícil encontrar alguns paralelismos entre a produção, que chegará hoje ao pequeno-ecrã nacional, e alguns acontecimentos polémicos que têm vindo a marcar a atualidade portuguesa nos últimos anos.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, o realizador Manuel Pureza destacou a importância da produção a nível nacional, “sobretudo porque o tema é peculiar; é uma trama política, uma trama de quase espionagem”. A inspiração em House of Cards e Mindhunter foi quase inevitável para construir aquela que promete ser uma série “adulta, madura e séria, mas com um drive bastante apaixonante”, onde o papel da ficção – tantas vezes ultrapassada pela própria realidade -, será “explicar com ação aquilo que, às vezes, não atingimos nos telejornais”.
À Visão, Paulo Pena, um dos autores responsáveis por Teorias da Conspiração, acrescentou ainda que “ninguém pode sentir-se retratado, se acontecer é porque a ficção é boa”. A conclusão do enredo, essa, ficará à interpretação de cada espectador, e será para acompanhar na RTP1 a partir das 22h30 de hoje.
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