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O tamanho (ainda) importa?

09 Feb 2018
By Ana Carvas

Numa era em que a diversidade é real, fica a questão: será que ainda é necessário catalogar as modelos como plus size? Marcas como Oysho ou Nike mostram que não, mas há ainda um longo caminho a percorrer.

Numa era em que a diversidade é real, fica a questão: será que ainda é necessário catalogar as modelos como plus size? Marcas como Oysho ou Nike mostram que não, mas há ainda um longo caminho a percorrer.

©Primark
©Primark

Em 2010, Kate Upton revolucionou a indústria com a sua silhueta curvy, bons atributos e beleza incontestável. Mais do que qualquer característica evidente, foi a sensualidade da sua forma física que a destacou no mundo da Moda, em campanhas para a Guess e a Sports Illustrated Swimsuit. Claro que a polémica não tardou a chegar quando a catalogaram como plus size, a modelo que media 1,78m e pesava cerca de 63 quilos. Por ter um tipo de corpo que não se enquadrava em nenhuma das categorias, uma vez que não era demasiado magra, nem cheia o suficiente, foi recusada inúmeras vezes em castings para desfiles ou sessões fotográficas.

Desde então, muito aconteceu na indústria e assistimos à ascensão de modelos de sucesso como Ashley Graham ou Candice Huffine, ambas com medidas acima das definidas pelo setor e, por isso, consideradas plus size. A parte boa? Apesar da diferenciação na atribuição de uma categoria, a aceitação aumentou exponencialmente. E tal reflete-se dentro e fora da passerelle, em campanhas ou capas de revista.

Em entrevista à Smoda, Candice Huffine afirmou que “a vitória será quando os tamanhos grandes deixarem de ser noticia”. E esta conquista está, a pouco e pouco, mais próxima da realidade. Exemplo disso são os mais recentes catálogos de marcas como Oysho, Nike ou Primark, por exemplo, do qual fazem parte um grupo de mulheres com diferentes tipos de corpo, sem imposições nem medidas obrigatórias. São bonitas, femininas e têm charme. E é suficiente. É, na verdade, mais inclusivo.

No fim da semana de Moda de Nova Iorque, durante a apresentação das propostas para a primavera/verão 2018, o The Fashion Spot divulgou o relatório final sobre diversidade, que apurou que essa foi a estação mais inclusiva de sempre, com mais diversidade racial, mais modelos plus size, transgénero ou não-binário. O paradigma está a mudar, e os desfiles de marcas como Michael Kors, Christian Siriano ou Prabal Gurung comprovam-no, onde modelos como Ashley Graham, Jocelyn Corona, Marquita Pring, Saffi Karina, Candice Huffine ou Precious Lee desfilaram nas principais semanas de Moda do mundo.

Mas afinal, será que o tamanho ainda importa? Talvez sim, mas acreditamos que a Moda, sem alguns rótulos, pode ser ainda mais bonita.

Ana Carvas By Ana Carvas

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