Gucci doa grande quantia em prol do controlo de armas

A marca italiana oferece considerável quantia de dinheiro para a March of Our Lives, uma marcha que defende o controlo de acesso às armas nos Estados Unidos.

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São 500 mil dólares, mais precisamente. Meio milhão (cerca de 407 mil euros) para financiar a marcha que se realiza em Washington no próximo mês. "Estamos solidários com a March of Our Lives e os corajosos estudantes por todo o país que exigem que as suas vidas e segurança se tornem uma prioridade", explicou a casa de Moda em comunicado ao WWD, justificando que a iniciativa foi movida pela coragem, resiliência e determinação dos estudantes do liceu Marjory Stoneman Douglas, onde este mês ocorreu o tiroteio desencadeado por um dos seus alunos. "Somos todos, direta ou indiretamente, afetados por estas tragédias sem sentido".

Os sobreviventes do massacre em Parkland, onde um estudante matou 17 pessoas, no passado dia 14 de fevereiro, estão a organizar o encontro onde se espera já que cerca de meio milhão de pessoas marquem presença. 

"Sinto-me emocionado com a coragem destes estudantes", acrescentou Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci. "O meu amor está com eles e estará junto deles a 24 de Março. Estou solidário com a March of Our Lives e com os jovens homens e mulheres por todo os Estados Unidos que estão a lutar pela sua geração e pelas gerações vindouras."

A citação não se esgota nas palavras: o apoio é manifesto, mesmo nas ações oficiais da casa, de forma direta - através de donativos como este - ou indireta, como a campanha para o Pre-Fall 2018 da casa, que é uma imagem de força à revolução estudantil. Fotografada por Glen Luchford, mostra jovens vestidos de Gucci em protestos, numa referência às manifestações em França do corpo estudantil em 1968.

Não é a primeira vez que a marca defende causas importantes: em 2013, estabeleceu a Chime for Change, uma campanha global pelas questões relacionadas com as mulheres.