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Chanel Neapolis: tudo o que tem de saber

26 Jan 2018
By Irina Chitas

Se nos dissessem há uns meses que a Beleza tinha uma morada, era possível que revirássemos os olhos. Mas Lucia Pica fez-nos reconsiderar o movimento: agora, reviramos os olhos, sim, mas estão impecavelmente maquilhados com uma sombra verde.

Se nos dissessem há uns meses que a Beleza tinha uma morada, era possível que revirássemos os olhos. Mas Lucia Pica fez-nos reconsiderar o movimento: agora, reviramos os olhos, sim, mas estão impecavelmente maquilhados com uma sombra verde.

Era outubro quando voámos para Nápoles com a Chanel. O intuito não era só conhecer as propostas de maquilhagem para a primavera, mas palmilhar a cidade-mãe de Lucia Pica, Creative Make-up and Colour Director da Maison, ou seja, a culpada por andarmos nos últimos seis meses a redescobrir o poder de uma sombra vermelha.

Agora a conversa mudou de tom. Neapolis - New City é uma explosão de cor tal como a cidade que deu origem à inspiração é uma explosão de todos os sentidos. Enquanto serpenteávamos os jardins da Villa Lauro, com vista infinita para o mar e o adormecido e ameaçador Vesúvio, Pica contáva-nos que "a coleção de outono foi uma viagem a coisas que não conheço, foi sair de mim. Mas esta, de verão, é uma viagem às minhas memórias, à minha terra, aos lugares onde fui em pequena. Isto é uma carta de amor à cidade."

De facto, é mesmo difícil não nos apaixonarmos por Nápoles. E também é mesmo difícil não nos apaixonarmos pela coleção, o que acaba por ser exatamente a mesma coisa, quando Lucia explica o quanto há da essência da cidade nas pequenas caixinhas pretas. "É uma cidade muito anárquica, de muitos contrastes, e eu achei isso muito interessante para o ethos da Chanel."

E é. Só há nossa volta, a água profundamente azul dá de caras com a rocha vulcânica. A sumptuosa Villa tem toda a tinta das paredes a descascar. Todo o verde que nos abraça é mimado pela luz dourada do sol. "Tentei encontrar beleza na realidade das coisas. Temos de procurar o balanço entre o olhar moderno e a tradição clássica, isso ajuda a criar profundidade à história. O meu trabalho é pegar em elementos abstratos e traduzi-los em produtos que vão estar na cara das mulheres a enaltecer a sua Beleza."

Para além disso, Neapolis é extremamente divertida. Quando olhamos para o brilho da cor, e enquanto a experimentamos, é como se voltássemos a ser crianças, nos toucadores das nossas mães, a encher os olhos de azul, as bochechas de rosa, os lábios borrados de vermelho. Uma espécie de anos 80 2.0, em tons mais elegantes, mas frescos, e que nos conseguem quebrar a monotonia do eyeliner negro e da boca perfeitamente delineada.

Não é uma coleção para usar até à perfeição, é para misturar, borrar, beijar. É para não ter medo. É daquelas que, temos a certeza, nos vai ficar no necessaire para recorrer naquelas noites em que queremos dançar até cair. "O que mais gosto nesta coleção é que podes usá-la para mostrar o teu caráter", diz Lucia. Qualquer caráter que seja, vai ser mais brilhante.

Saiba mais sobre a viagem a Nápoles na Vogue Portugal de fevereiro.

Irina Chitas By Irina Chitas

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